quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Vídeos: Cidade verde

O "Bom Dia Brasil" está exibindo, esta semana, uma série especial de reportagens sobre cidades verdes. São mostrados os desafios enfrentados para conciliar desenvolvimento econômico com respeito à natureza e as soluções que estão sendo colocadas em prática para resolver esta questão.

Algumas medidas, inclusive, parecem até uma "volta ao passado", pois envolvem abrir mão de diversas facilidades da vida moderna (é o que alguns chamam de "regresso sustentável"). Mas, na verdade, por trás destas ações, também existe muita tecnologia envolvida.

Clique nos títulos para assistir às reportagens ou ler as transcrições.

Poluição nas águas ameaça meio ambiente de Curitiba
(veja abaixo) O Brasil tem bons exemplos de preservação, mas o desafio é mantê-los. Veja como Curitiba tenta firmar as conquistas de décadas passadas.



Em Paris, nada de carro, a moda é pedalar
Limitar a iluminação, construir prédios ecológicos em bairros pobres e transformar a bicicleta em um símbolo cult são algumas das medidas verdes dos franceses.

Programa ambiental da Inglaterra estimula carro elétrico
Alguns países começam a mudar a história. Um exemplo é a Inglaterra. No passado, foi responsável por uma imensa quantidade de emissões tóxicas à atmosfera. Hoje, tem um dos programas ambientais mais ousados entre os países ricos.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Bom, bonito e sustentável


Inovações podem representar significativos avanços na área ambiental, quando revelam novas formas de produção que poluam menos ou não afetem tanto o nosso planeta, e se constituir também em oportunidades de empreendedorismo. Uma inovação sustentável garante economia por causa dos processos menos exploratórios - e menos dispendiosos - e aumenta o valor agregado ao produto final: se o consumidor constatar que ele é realmente mais verde, e nem por isso menos eficiente ou duradouro, estará inclinado a comprá-lo.

Um bom exemplo dessa lógica é o caso do empresário Thái Quang Nghiã, vietnamita que vive no Brasil desde os anos 70, mostrado na reportagem da revista "Pequenas Empresas Grandes Negócios". Ele é proprietário de uma fábrica que produz calçados ecológicos, feitos a partir de pneu reciclado. No início das vendas, em 2004, essa característica do produto não era promovida como seu ponto forte. Hoje, o chinelo já é o carro-chefe da empresa, que não vende mais produtos feitos de material não-reciclável. Leia alguns trechos da matéria:

(...) [Thái Quang Nghiã] é dono do grupo Domini, que detém a marca Goóc, de sandálias de pneu reciclado, o carro-chefe da empresa, e de bolsas de lona de caminhão usada. Com faturamento de R$ 50 milhões no ano passado, a empresa tem 280 funcionários, duas fábricas em São Paulo e outra em Feira de Santana, na Bahia. Na carteira de clientes, gigantes do porte da C&A, Avon e Galeries Lafayette, a maior loja de departamentos da França. (...)

A maior das guinadas do Grupo Domini veio em 2004. Durante uma temporada de férias para visitar os irmãos que moram na França e nos Estados Unidos, o empresário teve a idéia de fabricar chinelos de pneu reciclado inspirados em um modelo popular no Vietnã dos tempos da guerra. Nasciam assim as sandálias Yepp (chinelo, em vietnamita). Um ano depois, rebatizou a grife de Goóc (raiz, em seu idioma). (...)

Na ocasião, não era tanto no apelo ecológico que ele apostava para vender o produto. “Eu pensava muito mais na resistência e na durabilidade da borracha do pneu.” O ponto de vista dos consumidores era parecido. Numa pesquisa de opinião, apenas 7% da clientela citou os benefícios ao meio ambiente como principal motivador de compra. Dois anos depois, em 2006, a parcela já havia saltado para 24%. Antenado à mudança, o empresário afinou o marketing com a veia verde do produto. Hoje, por exemplo, as sandálias vêm com um panfleto dizendo que cada pneu demora mais de 700 anos para se decompor. (...)

Embalado pela onda ecológica, o Grupo Domini traçou como meta para 2014 atingir a marca de 210 milhões de pares de chinelos vendidos — o suficiente para reciclar mais de 40 milhões de pneus. É um objetivo um tanto ambicioso. (...)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O legado de Chico Mendes


Busto em bronze de Chico Mendes, exposto no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. (Foto: ARTExplorer/Flickr)

Há vinte anos, morreu um dos personagens de maior destaque na história do ambientalismo brasileiro: o seringueiro Francisco Alves Mendes. Entretanto, sua batalha ainda repercute no presente. Chico Mendes, à frente do seu tempo, defendeu um conceito que, até hoje, luta-se para colocar em prática: o de que é possível conciliar preservação e desenvolvimento econômico para quem vive na floresta. (Leia mais sobre o assunto aqui e aqui)

Um artigo de Alexei Barrionuevo, do "New York Times", publicado no G1, relaciona os ideais de Chico Mendes aos planos anunciados recentemente pelo governo brasileiro para reduzir o desmatamento e a emissão de dióxido de carbono. Leia alguns trechos:

Neste mês, o Brasil iniciou o que ambientalistas esperam ser um grande passo para a concretização da visão de Mendes. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva introduziu ambiciosas metas de redução para o desmatamento e emissões de dióxido de carbono, em um país que é um dos maiores emissores mundiais desse gás do efeito estufa. (...)

No final dos anos 60 e início da década de 70, o governo militar estimulou famílias sem-terra a se estabelecerem na região [da Floresta Amazônica]. A construção de estradas, especuladores de terras e fazendeiros vieram em seguida, e as florestas foram derrubadas a um ritmo assustador.

As queimadas e a decomposição de árvores produzem dióxido de carbono, um gás do efeito estufa.

Mendes organizou seringueiros em grupos e enfrentou credores que pagavam para construir estradas. Seus esforços para acabar com desmatamento em uma área planejada para ser uma reserva florestal levaram à sua morte. Desde o assassinato, em 22 de dezembro de 1988, mais de 20 reservas foram criadas, protegendo mais de 3,2 milhões de hectares. (...)

O Brasil sempre esteve na defensiva quando o assunto era a mudança climática,” afirmou Carlos Minc, ministro do meio ambiente brasileiro. “E agora está completamente mudado, aprovando um plano mais ousado que o da Índia ou da China.”

Minc conta que o plano ajudaria a satisfazer uma exigência de alguns dos países mais desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos, que disseram não concordar em firmar limites de emissões até que países menos desenvolvidos, que produzem quantidades significativas dos gases do efeito estufa, fizessem o mesmo.

O desmatamento produz mais que um quinto do dióxido de carbono de origem humana, segundo algumas estimativas. Cerca de 75% das emissões brasileiras vêm do desmatamento, citou Minc.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal ecológico


O Natal chegou. É tempo de transmitir carinho à família e aos amigos e trocar votos de paz, alegria e amor. Nessa época, também se trocam muitos presentes. Embora a prática seja símbolo de generosidade, somos tentados a comprar uma quantidade exagerada de mimos – que às vezes nem representam nossos verdadeiros sentimentos – e acabamos, assim, engolidos pelo consumismo.

Com isso, o meio ambiente sofre sérias conseqüências. O aquecimento do comércio no fim de ano leva ao aumento da produção, que por sua vez leva ao aumento da exploração dos recursos naturais. Outro problema é o acúmulo de lixo produzido no período – só no Reino Unido, por exemplo, são geradas três milhões de toneladas de resíduos nos três dias das festividades natalinas.

Por outro lado, seguindo algumas dicas simples, podemos tornar nossa conduta mais sustentável e até mesmo recuperar alguns dos verdadeiros significados dessa data – afinal, a confraternização e a presença dos entes queridos são os melhores presentes!

Confira abaixo nossa seleção de sugestões para um Natal mais verde, abrangendo também a decoração natalina e a preparação para a ceia. O Blog do Jogo Limpo deseja a todos um Feliz e Verde Natal!

Presentes:

  • Use a imaginação e dê presentes alternativos, reciclados, produzidos artesanalmente, de pouco impacto ambiental, e feitos para durar.


  • Escolha presentes que sejam mais simbólicos do que materiais: um texto escrito por você ou do qual você gosta; uma canção que marcou sua vida neste ano que se encerra; uma entrada para visitar uma exposição em um museu; um roteiro de visita ao que você gosta na cidade.


  • Reflita bem antes de comprar e avalie se o presente é realmente do gosto de quem você está presenteando; o presente terá um significado especial para a pessoa presenteada, que vai reconhecer que o presente não é um “genérico”, mas voltado a ela em um gesto de real amizade e carinho.


  • Desembrulhe seus presentes com cuidado e reutilize o papel em outro presente. Com isso, você estará reduzindo a geração de resíduo, evitando o desperdício de matéria-prima e economizando dinheiro.


  • Decoração:

  • Procure comprar decorações que possam ser reutilizadas em anos consecutivos. Hoje em dia é possível achar lindos ornamentos feitos de sementes e materiais reciclados. Mas, se o reuso não for possível, leve tudo separadamente para reciclagem.


  • Exercite sua criatividade e crie sua própria decoração. Que tal tentar fazer um floco de neve com papel, uma estrela com um CD, uma guirlanda com revistas ou um Papai Noel com uma lâmpada?


  • Se possível, plante a sua árvore de Natal, ao invés de adquirir uma artificial. Além de contribuir com o seqüestro de carbono, você poderá reutilizá-la no ano seguinte. Os modelos industriais podem liberar toxinas no ambiente.


  • Ceia:

  • Compre só o necessário para a ceia de Natal de final de ano e evite o consumo exagerado de alimentos e bebidas; sempre que possível, escolha alimentos orgânicos e de produção local.


  • Dê preferência a alimentos orgânicos na hora do preparo, pois são mais saborosos, nutritivos e saudáveis por não conterem agrotóxicos.


  • Comemoração:

  • Passe algumas das horas que você gastaria nas compras visitando as pessoas queridas, a quem você viu pouco durante o ano.


  • Veja também: + posts de Natal no Blog do Jogo Limpo

    Fontes:

  • Neste Natal, priorize o que realmente interessa e reduza impactos negativos sobre o meio ambiente (AmbienteBrasil)

  • Natal Ecológico – Enfeites (EcoBlogs)

  • Em meio à turbulência, um Natal para resgatar a simplicidade e os valores humanos (Akatu)

  • O Natal e o aquecimento global (Terra)


  • Este post participa da campanha de Natal do "Faça a sua parte".

    Ilustração: animalover/stock.schng

    sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

    Onde você joga fora seus remédios?


    Medicamentos que compramos nas farmácias e despejamos pelo ralo da pia ou jogamos no vaso sanitário podem comprometer a qualidade da água que bebemos. Algumas substâncias não são eliminadas pelo processo de tratamento do esgoto e há o risco de que causem até câncer no ser humano. Mesmo o descarte pelo lixo tem suas complicações.

    Quem dá o alerta é o Jornal do Brasil, em reportagem publicada na segunda (15). No entanto, a matéria também traz esclarecimentos sobre a questão e dicas para se tomar uma atitude mais correta: comprar menos remédios e, se possível, procurar o farmacêutico para a destinação adequada destes produtos após o vencimento. Leia alguns trechos:

    Esse problema é um consenso entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e o Conselho Federal de Farmácias (CFF).

    Porém, até o momento não existe uma legislação que regulamente o descarte de resíduos doméstico, e a privada continua sendo a lixeira dos produtos.

    – A Anvisa instrui as pessoas a descartarem o material em vasos sanitários, mas não concordo. As substâncias dos remédios vão parar nas águas dos rios que acabam sendo mananciais de água potável. Como nosso sistema de saneamento não é 100% eficiente, esses medicamentos acabam sendo distribuídos nas águas e as pessoas ficam, cronicamente, expostas a substâncias como, por exemplo, antibióticos e hormônios – afirma Wilson Jardim, professor do Instituto de Química da Unicamp.

    Calcula-se que 20% dos medicamentos adquiridos são descartados de alguma forma no meio doméstico, informa Antonio Barbosa, coordenador nacional do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum).

    – O descarte de medicamentos é uma das maiores causas de envenenamento e intoxicação em comparação ao contato com produtos químicos – alertou Barbosa.

    O Conama também não dispõe de norma que regulamente o lixo doméstico.

    Para o assessor técnico do CFF, José Luis Maldonado, os restos de remédios não devem ser jogados em casa, “o ideal seria devolver à farmácia” pois, segundo ele, o farmacêutico é responsável pelo plano de gerenciamento de resíduos.
    Foto: Gastonmag/stock.xchng

    terça-feira, 16 de dezembro de 2008

    Nas academias, reciclagem é a nova moda


    Reportagem do G1 mostra que confecções estão investindo em produtos mais sustentáveis para a prática de exercícios, mas que os consumidores não abrem mão da beleza, do conforto e do preço. Leia alguns trechos:

    Uma nova tecnologia começa aos poucos a atrair a atenção dos freqüentadores de academias em São Paulo: as roupas de ginástica feitas com materiais ecológicos e recicláveis, como garrafas pet. A inovação chegou ao mercado brasileiro no segundo semestre.

    A camiseta feita de garrafa pet ainda não é 100% de material reciclável, mas já antecipa a tendência. A peça é feita com 70% de poliamida, tecido utilizado para a prática de atividades esportivas, e 30% de poliéster produzido com o plástico das garrafas – que é derretido e misturado a resíduos de poliéster que seriam descartados.

    Outra matéria prima ecológica utilizada nas peças é o bambu. O tecido, além de colaborar para a manutenção do meio ambiente – o bambu tem plantio mais fácil que o algodão, e não necessita de agrotóxicos – mantém um agente natural que evita a propagação do odor de suor.

    Por enquanto, as peças ainda são mais caras, o que pode afastar um pouco os consumidores. Por isso, os fabricantes investem em peças mais básicas, como as camisetas.

    “Já ouvi falar sobre essas peças com material reciclado. Fiquei surpresa, mas ainda não toquei para saber como é. É importante ser confortável, bonito e de qualidade", opina a dona-de-casa Edna Rodrigues, de 45 anos, aluna da Bio Ritmo.
    Foto: G1/Divulgação

    sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

    ONU defende que a crise climática é mais séria que a econômica


    Da Abril (adaptado):

    O mundo deve evitar um retrocesso na luta contra o aquecimento global, e precisaria criar um "New Deal Verde" para atacar ao mesmo tempo a crise climática e a crise ambiental, disse na quinta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.

    "Devemos nos recomprometer com a urgência da nossa causa", disse Ban a cerca de 100 ministros de Meio Ambiente reunidos entre os dias 10 e 12 na Polônia, onde discutem detalhes de um novo tratado climático global, processo ofuscado nos últimos meses pelo temor de uma recessão global.

    "Não pode haver retrocesso em nossos compromissos com um futuro de baixas emissões de carbono," disse Ban. "Sim, a crise econômica é séria. Mas, quando se trata de mudança climática, há muito mais em jogo. A crise climática afeta nossa potencial prosperidade e a vida das pessoas, tanto agora quanto no futuro distante."

    "Enfrentamos duas crises juntas: mudança climática e a economia global. Mas essas crises nos apresentam uma grande oportunidade, uma oportunidade de tratar de ambos os desafios simultaneamente", afirmou.

    O evento da ONU na Polônia é parte de um processo iniciado em 2008 em Bali, que visa a concluir até dezembro do ano que vem, numa cúpula na Dinamarca, um tratado climático que irá substituir o Protocolo de Kyoto a partir de 2013.
    Foto: spekulator/stock.xchng

    terça-feira, 9 de dezembro de 2008

    Crise dificulta acordos climáticos para 2009


    Da Reuters via Yahoo! Notícias:

    A recessão e a mudança de governo nos Estados Unidos tornam improvável que o mundo cumpra em 2009 a meta de assinar um acordo completamente novo para combater o aquecimento global, disseram delegados em um encontro climático da Organização das Nações Unidas (ONU).

    Há um ano, 190 países decidiram trabalhar pela aprovação de um acordo climático abrangente no final de 2009, em um encontro em Copenhague. Mas negociadores e analistas que compareceram à uma reunião prévia em Poznan, Polônia, entre 1o e 12 de dezembro, dizem que o objetivo parece difícil de ser alcançado.

    O mais longe que pode ser alcançado no ano que vem, para muitos, são os princípios para um pacto, ainda que alguns digam que isso seja muito pessimista. (...)

    O prazo de 2009 foi estabelecido para assegurar que as novas metas de redução de emissão de gases possam ser ratificadas em todo o mundo antes da expiração das metas do Protocolo de Kyoto, em 2012.
    Saiba mais: Como a crise econômica afeta o meio ambiente - Seleção especial de notícias

    domingo, 7 de dezembro de 2008

    Petrobras pede desligamento do Instituto Ethos


    Na última terça-feira (2), a Petrobras pediu o seu desligamento do Instituto Ethos (organização criada para ajudar empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável), alegando ser "alvo de uma campanha articulada com o objetivo de atingir a imagem da Companhia e questionar a seriedade e eficiência de sua administração" e entendendo "que o grupo de pessoas e entidades responsável por essa campanha contra a Companhia encontra respaldo no Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social".

    A Petrobras já havia sido proibida pelo Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) de fazer campanhas que valorizassem suas ações de responsabilidade ambiental e excluída da carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da BM&F Bovespa.

    O episódio aconteceu após a estatal não ter cumprido a resolução 315/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que determina a redução de emissões poluentes a partir de janeiro do próximo ano. A companhia deveria reduzir o teor de enxofre no diesel vendido no país, oferecendo o tipo 50 (de 50 ppm, particulas por milhão). Atualmente, existem no mercado o diesel 500 e o diesel 2000.

    Entretanto, a Petrobras garante que tal resolução "não trata sobre composição de combustíveis, muito menos sobre teores de enxofre no diesel, e sim sobre nível de emissões que os veículos, produzidos no Brasil ou importados, deverão apresentar a partir de janeiro de 2009".

    O presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young, lamenta a decisão. "Ao se desligar do Instituto Ethos, a Petrobras rompe com o compromisso de ser uma empresa socialmente responsável. Parece que é uma tentativa de confundir o mercado. Quer desviar a questão principal e se colocar como vítima, mas a empresa precisa prestar contas."

    (Com informações de: O Globo, Portal EXAME, Mercado Ético e Petrobras. Imagem: Greenpeace)

    segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

    Carona solidária


    No exterior, já é comum dividir o carro com companheiros de percurso. Há, inclusive, faixas exclusivas para automóveis com passageiros. Mas no Brasil, talvez por uma questão cultural, envolvendo privacidade ou medo de assalto, a carona ainda não foi disseminada. Segundo o Yahoo! Autos,

    No Brasil, o incentivo dos órgãos públicos ainda se limita a disponibilizar sites que possibilitem o encontro de quem quer dar ou receber carona. Mas se depender da disposição da maioria dos brasileiros para abrir as portas do carro a estranhos, a iniciativa vai demorar um pouco para engrenar.

    Atualmente, 64% dos automóveis da cidade de São Paulo andam apenas com seus motoristas, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego.

    Redução das emissões de CO2, menos trânsito, menos doenças pulmonares, mais economia e possibilidade de fazer amigos. Se há tantas boas razões para dar carona, por que a prática ainda engatinha no Brasil?
    No mesmo site existem alguns links muito úteis para quem quer aderir a projetos de carona solidária. Em outubro, o AmbienteBrasil também publicou uma reportagem sobre uma iniciativa paulistana que faz a ponte entre quem dá e quem pega carona, o e-Carona:

    O engarrafamento do trânsito nas grandes cidades afeta não só a qualidade de vida de sua população, que perde um tempo precioso em seus deslocamentos, mas tem impacto direto sobre a qualidade do ar e, conseqüentemente, sobre a saúde. (...)

    Para tentar reverter esse quadro, um portal de internet se propõe a ser o elo entre as pessoas dispostas a pegar ou a dar caronas – ou ambos. É o jeito inteligente de retirar carros das ruas, simplesmente fazendo com que eles sirvam a mais pessoas, ao invés de apenas ao (à) motorista, como é o habitual.

    A proposta recebeu o nome de e-Carona e partiu do publicitário José Aparecido de Paulo, num dia em que ele, voltando de uma reunião na região de Pinheiros, demorou duas horas para chegar a seu destino, a avenida Paulista.

    "Durante o percurso comecei a analisar os carros que, na sua grande maioria, estavam com apenas uma pessoa. Nesse momento, pensei que algo deveria ser feito para melhorar isso”, contou Cido – como é chamado – a AmbienteBrasil.

    Confira outras dicas para se tornar um motorista mais sustentável lendo essas reportagens sobre o assunto:

    Carros menos poluentes
    Dia Mundial sem Carro

    Leis de emissões serão mais severas
    Pedalar para ajudar o planeta



    PS: No ano passado, o Blog do Jogo Limpo reproduziu uma reportagem noticiando a viagem de Louis Palmer ao redor do mundo com seu "táxi solar", abastecido exclusivamente com energia solar e capaz de atingir a velocidade de 90 km/h. Na última sexta-feira (21), o G1 mostrou o fim da viagem: o aventureiro chegou a Hamburgo (Alemanha), atingindo o seu objetivo.

    Foto: Divulgação (via Yahoo! Autos)

    quarta-feira, 26 de novembro de 2008

    Aquecimento global é culpado pela tragédia em Santa Catarina


    Área alagada em Navegantes, SC. (Foto: Luciana Rossetto/G1)

    Da UnB Agência:

    [Desde o dia 22,] Santa Catarina sofre (...) com chuvas intensas. A água já matou mais de 79 pessoas e desalojou outras 54 mil. Em palestra no auditório da reitoria, o climatologista Carlos Nobre avaliou que a explicação para o estado de calamidade da região está no aquecimento global. “Isso é uma demonstração do que as mudanças climáticas são capazes, mesmo num estado como Santa Catarina com o melhor sistema de Defesa Civil do Brasil”, disse o especialista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

    Convidado do Seminário Franco-Brasileiro de Mudanças Climáticas, Nobre considera inegável que o homem esteja influenciando as variações de temperatura do planeta, e de “uma forma sem precedentes na nossa história”. Mais do que influir na amplitude das mudanças climáticas, o climatologista considera que o homem aumenta a velocidade do aquecimento pelo qual o mundo passa, e numa ordem de 50 a 100 vezes.

    Nesse cenário catastrófico, o Brasil pode desempenhar um papel muito importante, apesar de estar numa posição vulnerável, de acordo com o especialista. “O Brasil ainda é um país em desenvolvimento e tem 50% de sua população abaixo da linha da pobreza, mas a redução de emissões no país não afetaria diretamente a sua economia”, disse.

    sexta-feira, 21 de novembro de 2008

    Na Semana do Empreendedorismo, um exemplo de como o verde está na moda


    Da revista Marie Claire:

    Quem vê Juliana Páffaro, proprietária e estilista da marca infantil Pistache & Banana, não diz que ela é uma business woman. (...) [Ao estudar criação de moda na Inglaterra,] Juliana encontrou gente do mundo todo e entrou em contato com a filosofia do comércio justo e sustentável. Adorou a idéia e percebeu que roupas infantis feitas com matéria-prima orgânica eram bem recebidas pelos consumidores. De volta ao Brasil, abriu sua própria marca. Procurou fornecedores que produzissem algodão orgânico e só encontrou um, em Guaricê, no Paraná. (...)

    No comércio justo e sustentável todos ganham. Os lucros são divididos por todos que participam da produção. O consumidor recebe um produto sem cargas de sacrifício humano ou ambiental. Os custos, no entanto, são elevados. Por isso, Juliana buscou parcerias. (...)

    Este mês, a empresária inaugura sua primeira loja, na Vila Madalena, em São Paulo. (...) Juliana investiu R$ 180 mil no novo endereço, que traduz com perfeição o conceito ecológico da marca. As paredes são pintadas com pigmentação natural, a água da chuva armazenada para regar os jardins, os ladrilhos e as madeiras são de demolição. 'A loja nasceu da necessidade de passar a mensagem da marca para o público. O conceito da Pistache & Banana ficava perdido em multimarcas', diz Juliana.

    E ela adianta que não irá abrir mão dos seus princípios: 'Não existe promoção ou liquidação na Pistache & Banana. Não trabalho com coleções porque, naquilo que acredito, um produto não pode ser perecível. E, ao mesmo tempo, não posso desrespeitar o consumidor que comprou a minha roupa em um dia, abaixando o preço em outro'. E as peças que não saem? A opção é a reciclagem. 'Normalmente acrescento algum detalhe ou reaproveito o tecido em uma nova criação', afirma Juliana.
    Foto ilustrativa por: colcerex/stock.xchng

    terça-feira, 18 de novembro de 2008

    Mesmo em crise, Obama garante que EUA lutarão contra as mudanças climáticas


    Do G1:

    O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, disse nesta terça-feira (18) que o país vai "empenhar-se vigorosamente" nas discussões sobre mudança climática quando ele assumir e prometeu que, apesar da crise financeira, o país vai se ater aos planos para reduzir profundamente as emissões de gases de efeito estufa até 2020.

    O democrata, que durante a campanha criticou constantemente a administração de George W. Bush por sua postura em relação ao aquecimento global, reiterou seus planos de criar um sistema que limite a emissão de dióximo de carbono pelas grande indústrias. (...)

    "Prometo isto: quando for presidente, qualquer governador que quiser promover energias limpas terá um aliado na Casa Branca. Qualquer empresa que desejar investir em energias limpas terá um aliado em Washington. E qualquer país que desejar se unir à causa contra a mudança climática terá um aliado nos EUA", disse. (...)

    Quando eu assumir, vocês podem estar certos de que os EUA vão se engajar vigorosamente de novo nas negociações e vão ajudar a liderar o mundo em direção a uma nova era de cooperação global na questão na mudança climática", disse.
    Notinha: alcançamos a marca de 200 posts! Obrigado, visitantes!

    sábado, 15 de novembro de 2008

    Leitura: uma competição saudável


    Acima: atividade de leitura realizada pelo Projeto Jogo Limpo.

    Ler é um excelente exercício: educa, diverte e permite ao leitor vivenciar as mais diversas situações. Seja nas salas de aula, nas bibliotecas ou meio esquecidos nas prateleiras das casas, os livros podem, a qualquer momento, fazer uma criança ou um adulto (re)descobrir esse prazer.

    A leitura pode provocar até uma divertida "disputa", para se descobrir quem lê mais. Duas meninas, uma em São Paulo e outra em Sergipe, contam sobre as marcas que alcançaram em número de livros lidos e sobre como isso mudou suas vidas e a de seus colegas. Leia trechos da reportagem do G1:

    A estudante Tainá Alves dos Santos, 12 anos, da 6ª série, já leu 230 livros só neste ano. A marca foi registrada em sua escola, na cidade de Catanduva, interior de São Paulo. E outra garota de Aracaju, Alice Vitória Rocha Silva, segue seus passos: aos 6 anos a pequena leitora devorou 67 obras contabilizadas pelos pais. (...)

    A adolescente estuda na escola estadual Jardim Imperial e a diretora da instituição, Veranice Aparecida More Zuri, afirma que o colégio sempre teve a preocupação de estimular a leitura. Recentemente, adotou um projeto chamado de Centopéia, para estimular os estudantes a se tornarem leitores.

    O funcionamento é bem simples: “A cada leitura, os estudantes fazem uma resenha e entregam para o professor. Na aula de educação artística, eles ganharam uma cartolina com a cabeça de uma centopéia. Depois de uma obra lida, o jovem acrescenta uma bolinha no corpo da centopéia”, explica. (...)

    Ler tanto assim ajuda na escola? “Para a redação eu tenho muito mais idéia”, afirma a estudante. Até mesmo entre os colegas, diz a diretora, há uma competição saudável para ver o corpo da centopéia crescer. (...)

    Estimulada pelos pais, Alice Vitória lê tudo o que chega às suas mãos. No 2º ano do ensino fundamental (antiga 1ª série) de um colégio particular no Sergipe, a menina virou referência para os colegas, segundo conta a sua mãe, a professora Isabel Rocha Souza.

    “Desde o momento que nasceu, conto historinhas. E o primeiro brinquedo dela foi um livro, daqueles de plástico”, diz Isabel. “Na escola, ela é atração. A turminha não sabia ler com a desenvoltura que ela lê. Então, os amigos gostavam de observá-la”, conta. “Ela reconhece parágrafo e todas as estruturas.”

    terça-feira, 11 de novembro de 2008

    Energia solar terminando em pizza?


    Qual é a receita para construir um painel solar de baixo custo? Pegue criatividade, ciência e uma dose de sorte. Junte com produtos similares a acetona e esmalte. Passe tudo por uma impressora. Leve a um forno de pizza e asse a 300 graus Celsius. Sirva para dois bilhões de pessoas que não têm condições, hoje, de utilizar a energia do sol.

    Foi essa a fórmula que a jovem cientista australiana Nicole Kuepper descobriu para produzir células fotovoltaicas mais simples e baratas do que as tradicionais, mas com a mesma eficiência. Uma vez disponível no mercado (o que pode ocorrer em três anos), o processo pode popularizar energia mais limpa nas regiões sem acesso a eletricidade. Segundo Kuepper, a descoberta foi feita quase que por acaso.

    Veja um vídeo com mais informações sobre a cientista e sua criação (em inglês):



    Com informações do G1 via AmbienteBrasil. Foto: TreeHugger.

    sábado, 8 de novembro de 2008

    Um presidente mais verde


    A eleição do novo presidente norte-americano, Barack Obama, pode representar um avanço para a luta contra as mudanças climáticas. O governo de George W. Bush ficou marcado pelas críticas devido à falta de compromisso com as questões ambientais, colocadas em segundo plano porque, supostamente, prejudicariam a economia.

    A respeito da posição dos EUA em futuros acordos que substituirão o Protocolo de Kyoto (que expira em 2012), a Comissão Européia (órgão da União Européia) e a ONU afirmaram que estão esperançosas. A notícia é do Estadão Online via AmbienteBrasil:

    A enviada especial da ONU para a Mudança Climática, Gro Harlem Brundtland*, destacou a importância de que Obama inclua o problema ambiental entre suas três prioridades políticas, junto aos conflitos de Iraque e Afeganistão e da crise financeira.

    Para ela, não se deve perder a esperança porque "há mais motivos que havia há algumas semanas para ser otimista". (...)

    [A ex-primeira-ministra da Irlanda Mary] Robinson destacou o fato de que Obama é próximo ao ex-candidato à Casa Branca Al Gore e recebe assessoria de uma equipe que "entende a urgência de atuar".
    *Você sabia?
    Gro Harlem Brundtland chefiou nos anos 80 a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que redigiu o Relatório Brundtland (também conhecido como "Nosso Futuro Comum") e definiu o conceito atual de sustentabilidade: “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.

    PS: por motivos de força maior, não foi possível atualizar o Blog na última semana. Pedimos desculpas aos visitantes. Aproveitamos para pedir a sua colaboração: envie sugestões de tema para os próximos posts!

    sábado, 1 de novembro de 2008

    Construção sustentável


    Na hora de construir, é bom ficar de olho nos materiais utilizados na obra para diminuir o impacto sobre o meio ambiente. Não só o consumidor em geral está se tornando mais atento, como as indústrias também se mobilizam para lançar alternativas mais ecológicas. Algumas dicas muito interessantes, como por exemplo soluções para substituir o carpete e o PVC por produtos mais sustentáveis, estão em uma reportagem da Folha Online via AmbienteBrasil:

    O princípio na escolha deve considerar o ciclo de vida do produto, desde o modo e o local de produção até o transporte para o ponto de uso. Entram na equação a capacidade de reaproveitamento do material e a deposição de seus resíduos ao fim da vida útil.

    Trocando em miúdos, produtos ecologicamente corretos estão mais próximos do seu estado natural, usam menos componentes químicos e têm grande potencial de transformação.

    "Materiais de baixo impacto ambiental são fundamentalmente os produzidos na própria região e que não são tóxicos", aponta o professor Miguel Sattler, da UFRGS. Da fundação ao revestimento, há opções menos agressivas ao ambiente.
    Outro texto no mesmo site, da Agência Fapesp, destaca uma inovação desenvolvida na Amazônia: tijolos produzidos a partir de resíduos de espécies frutíferas nativas (castanha-do-brasil e tucumã). Como a matéria-prima é vegetal, pode ser reciclada. E o produto provou ser um ótimo isolante térmico.

    “Os resultados dos testes em laboratório foram bastante satisfatórios. As matérias-primas utilizadas na sua confecção são de alta durabilidade, conferindo resistência mecânica semelhante à dos tijolos convencionais”, afirmou [Jadir Rocha, idealizador do produto]. (...)

    “O desenvolvimento do tijolo foi motivado pela necessidade de pesquisas voltadas para o aproveitamento e a valorização da potencialidade da biodiversidade vegetal da Amazônia. É importante diminuir a pressão sobre os estoques de espécies arbóreas economicamente desejáveis, que vêm sendo reduzidas drasticamente na natureza”, ressaltou.
    Foto: Marcelo Terraza/stock.xchng

    terça-feira, 28 de outubro de 2008

    No meio da crise, exemplos de como sustentabilidade pode significar oportunidade


    Será que o colapso financeiro é motivo para deixar o meio ambiente mais uma vez de lado e fazer com que o Homo sapiens não perceba que ao destruir a natureza está destruindo a si mesmo?

    Lideranças políticas continuam mostrando que a luta ambiental não pode ser prejudicada por causa da crise financeira. O direcionamento de recursos contra as mudanças climáticas e contra a degradação ambiental não vai desacelerar a economia. Pelo contrário: muitas oportunidades podem surgir para o mercado de produtos sustentáveis e para quem investe em energia limpa. Uma reportagem do site O Eco mostra a opinião do governo alemão:

    Na contramão do mercado, a crise financeira torna os investimentos em eficiência energética ainda mais atraentes, segundo o Ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Sigmar Gabriel. Ele destaca a atual crise financeira como uma grande oportunidade de investimentos no combate às mudanças climáticas, principalmente em tecnologias de eficiência energética. Gabriel afirma que o mercado de tecnologias, energia e matérias-primas será nos próximos anos um grande nicho internacional e relembra que, quando se trata de mudança do clima, o custo da prevenção é significativamente menor que o custo de remediação dos seus impactos. (...)

    Do outro lado, alguns países da União Européia, como a Itália, República Checa e Polônia, têm criticado essas metas, alegando que o pacote europeu de combate às mudanças climáticas é muito rigoroso, podendo até arruinar as suas economias. Ameaçam que assim poderão ser forçados a deixar o bloco.

    Será que esses países terão mesmo as suas economias comprometidas a ponto de deixar a União? Ou estão só fazendo ameaças? Como se já não bastasse a preocupação com a crise financeira e com a adaptação à mudança do clima, os países envolvidos nessas discussões acabarão gastando ainda mais energia (em todos os sentidos) para defender seus interesses financeiros e políticos. Pelo visto acabará sobrando para o clima mesmo, que com certeza vai reagir sem piedade à falta de atenção.


    Ao mesmo tempo, ao economizar recursos naturais, reduzindo o consumo e procurando alternativas ecologicamente mais eficientes, a sociedade por conseqüência poupa dinheiro e pode investí-lo na aquisição de bens e serviços. Isso acontece na Califórnia, como resultado de trinta anos de uma legislação que promove a economia de energia. Este caso também é revelado em outra reportagem d'O Eco:

    Trinta anos de sérios apertos no consumo de eletricidade pelo estado da Califórnia criaram, desde 1978, um milhão e meio de empregos extras. Parece mágica. Ou, pelo menos, bom demais para ser verdade. Mas é pura lógica de mercado, diz o professor David Roland-Host, de um centro de estudos sobre energia e uso sustentável de recursos naturais na universidade de Berkeley.

    Em plena crise das hipotecas, eis que surge esta semana um economista disposto a provar que o tal do mercado funciona mesmo. No caso, empurrado pela legislação estadual, que forçou os consumidores californianos a gastar menos com suas contas de luz. As sobras, eles naturalmente passaram a botar em outras coisas. (...)

    Não por acaso, o relatório de Roland-Host se chama “Eficiência energética, inovação e empregos”. Trocado em miúdos pelo autor, ele está aí para anunciar que “a eficiência energética de fato estimula a economia”. De quebra, tem dividendos ambientais.

    Ilustração: barunpatro/stock.xchng

    sexta-feira, 24 de outubro de 2008

    Paulistanos deixam de comprar produtos "verdes" se custarem mais caro


    Da Folha Online via AmbienteBrasil:

    Pesquisa realizada pelo Instituto Quorum Brasil mostra que 70% dos consumidores paulistanos desistem de comprar produtos com certificação ecológica, se os itens similares sem certificação custarem mais barato. A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha de São Paulo desta quarta-feira (22).

    O estudo aponta ainda que 47% dos paulistanos não deixam de adquirir um produto mesmo sabendo que ele é prejudicial à natureza.

    Isso apesar de 59% afirmarem que produtos com apelo ecológico influenciam sua decisão de compra e 74% deles se considerarem preocupados com a questão do ambiente.

    Reportagem publicada em julho pela Folha mostrou que o excesso de informações sobre ecologia ainda confunde grande parte da população.

    O problema é que, como se fala tanto em sustentabilidade e aquecimento global, a quantidade de informações, muitas vezes contraditórias, confunde e cansa até o mais bem intencionado ecologicamente.

    Um outro estudo, realizado pelo WWF (Fundo Mundial para a Natureza) e pelo Ibope, apontou que a população ainda não tem uma ação ecológica relativamente simples: 67% dos brasileiros entrevistados não separam o lixo reciclável e somente 5% encaminham o lixo orgânico para a transformação em adubo.
    Foto: LeWy2005/stock.xchng

    segunda-feira, 20 de outubro de 2008

    Blog, ferramenta para o professor

    Blogs não são apenas espaços de entretenimento (o próprio Blog do Jogo Limpo é um exemplo disto). Eles também podem servir como aliados muito úteis para professores e alunos no processo de ensino e aprendizado. Os estudantes, em suas pesquisas na internet para trabalhos escolares, muitas vezes recorrem a estes sites para aprimorar o conhecimento. Já o professor pode aproveitar fatores como praticidade e facilidade de acesso para apresentar novas informações em uma estrutura inovadora e atraente, complementando o trabalho em sala de aula.

    É o que revela uma reportagem da Agência Estado via Yahoo! Notícias:

    Acessar diariamente o blog da professora de língua portuguesa Roberta Ramos para fazer exercícios gramaticais já virou rotina para os alunos de 6ª série do Colégio São Luis, no bairro Cerqueira César, em São Paulo. Até o ano passado, eles não tinham tanto interesse em aprimorar a ortografia. A mudança foi motivada por uma estratégia simples da educadora: lançar desafios gramaticais no blog sem avisar a data. (...)

    Para a surpresa de Roberta, que dá aulas há 22 anos e começou a usar o blog no ano passado, alunos que não se interessavam pela matéria se tornaram freqüentadores assíduos.
    Foto: yirsh/stock.xchng

    sábado, 18 de outubro de 2008

    Enquanto isso, na Europa...


    Na França: Paris acaba de ser dominada por 1.600 pandas. Em uma ação organizada pelo WWF para alertar as pessoas sobre a destruição do meio ambiente, 1.600 pandas feitos de papel machê foram expostos em frente à Torre Eiffel. O número é igual à atual população mundial de pandas.*

    No Reino Unido: o Governo de Londres pode se tornar um exemplo para o mundo, no que diz respeito ao compromisso com o meio ambiente. Em resposta às declarações da Itália e da Polônia de que a luta contra o aquecimento global poderia ser interrompida devido à crise econômica mundial, o ministro britânico da Energia e Mudança Climática, Ed Miliband, anunciou nova meta de corte de emissão de gases do efeito estufa. A meta agora é de 80%, mais ambiciosa que a meta anterior, de 60%.

    O político trabalhista [Miliband] explicou, ao mesmo tempo, aos deputados que o agravamento das condições econômicas não podem ser desculpa para voltar atrás no compromisso de combater a mudança climática. (...)

    O ministro reconheceu que as últimas pesquisas científicas independentes indicam que a ameaça da mudança climática é maior do que se pensava antes.

    Ao mesmo tempo, o político britânico insistiu em que os compromissos de redução dos gases do efeito estufa não devem vir só de Londres, mas do resto da Europa.**
    As informações são do G1 e do WWF (*) e do Estadão Online via Ambiente Brasil (**). Foto: WWF.

    quinta-feira, 16 de outubro de 2008

    Crise pode afetar luta contra o aquecimento global


    A crise financeira internacional pode ameaçar as negociações entre os governos da União Européia para conter as mudanças climáticas. O governo italiano ameaçou vetar o plano de ação europeu contra o aquecimento global, devido à turbulência na economia.

    Já o primeiro-ministro britânico Gordon Brown disse que "não é o momento de abandonar a agenda contra a mudança climática, que é importante para o futuro", pois ela "é parte da solução para muitos dos problemas que enfrentamos como economia mundial".

    Em cúpula do Conselho Europeu encerrada hoje (16), Nicolas Sarkozy, presidente da França, frisou que "não podemos dar marcha à ré no objetivo 20-20-20", pois "a crise não pode frear nossa ambição", referindo-se à meta de reduzir as emissões de CO2 em 20%, fazer com que 20% da energia final consumida seja renovável e diminuir em 20% o consumo energético, tudo isso para o ano de 2020.

    Felizmente, os países ricos ainda sinalizam que vão cumprir com o compromisso de ajudar os fundos climáticos. Foi o que garantiu Kathy Sierra, vice-presidente do Banco Mundial para o desenvolvimento sustentável, de acordo com a reportagem do Estadão Online via AmbienteBrasil:

    No domingo (12), o presidente do Banco Mundial, Roberto Zoellick, dissera que "uma das lições da crise de hoje é que é preciso estar à frente das coisas, então não há dúvida de que a mudança climática é um problema hoje e será um problema amanhã."

    Sierra disse que ainda não se sabe se a ajuda financeira continuará sendo despejada no setor privado, e que isso pode vir a ser um desafio.

    Entretanto, segundo ela, uma conseqüência da atual crise financeira poderia ser um aumento da demanda pelo desenvolvimento sustentável, como forma de reduzir custos.

    "Suspeito que haverá ainda mais demanda, porque muitas das soluções para a economia real vão surgir na busca por oportunidades para reduzir custos e ser mais eficiente. Então a eficiência energética, por exemplo, será ainda mais importante daqui para frente", disse ela.
    Saiba mais: O que a crise econômica tem a ver com meio ambiente?

    (Com informações do Yahoo! via AmbienteBrasil [1, 2] e do G1. Foto: still_thinking/Flickr)

    terça-feira, 14 de outubro de 2008

    "Meio ambiente" em foco nos vestibulares e concursos


    O Globo Onine mostra que o tema "meio ambiente" está cada vez mais freqüente em vestibulares e concursos, tanto nas redações quanto nas questões objetivas de diversas disciplinas. A reportagem cita como exemplo o último Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), no qual o assunto, especialmente em relação à Amazônia, foi bastante explorado:

    Para o professor de geografia do Colégio Aplicação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Cap-Uerj) Fábio Tadeu, a interdisciplinaridade é um motivo pelo qual o tema [meio ambiente] está presente em vários concursos.

    - Esse ano não deve ser diferente, o assunto meio ambiente deve ser questionado em vários exames de vestibular. Um exemplo é a avaliação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que tem como hábito colocar em cerca de 60% de suas questões a interação do homem com o espaço físico - afirma.

    Segundo Fábio Tadeu, o tema é vasto e pode ser abordado em várias disciplinas, como química, física, biologia, história e inglês.

    - Existe ainda a possibilidade de o assunto ser incluído também em matemática através da utilização de dados estatísticos de pesquisas, que podem ser abordados em cálculos matemáticos - diz. (...)

    Alguns cursinhos pré-vestibulares realizam aulões interdisciplinares focando a temática do meio ambiente.

    - Na biologia procuramos abordar o problema natural causado pelo desmatamento e a geografia relaciona o assunto a economia, a política e etc - explica o professor de geografia do Colégio e curso PH Cláudio Ribeiro Falcão, afirmando que meio ambiente é constantemente lembrado em vários concursos.
    Leia a reportagem completa.

    Foto: Squarethecircle/Flickr

    sábado, 11 de outubro de 2008

    O que a crise econômica tem a ver com meio ambiente?


    A crise nos sistemas imobiliário e financeiro dos Estados Unidos está colocando todo o planeta em alerta para a iminência de uma futura recessão. O risco de um colapso econômico chamou a atenção da mídia e deixou ofuscado, pelo menos nas últimas semanas, o risco de outro colapso igualmente sério - o ambiental.

    Embora possa ser difícil perceber, a questão ecológica também está associada ao episódio americano. Reportagem da AFP via Yahoo! Notícias mostra a expectativa dos ambientalistas para mostrar ao mundo como o desenvolvimento sustentável é indispensável em mais este momento:

    "Tenho esperança porque há exemplos que mostram que o investimento em meio ambiente é mais uma oportunidade do que um peso. Esses exemplos não existiam há dez anos", afirma Olivier Schaefer, do Conselho Europeu de Energias Renováveis, com sede em Bruxelas.

    Os especialistas em meio ambiente vêem assim na crise financeira uma oportunidade de ouro.

    "Precisamos de um novo pensamento econômico que reconheça que as questões econômicas e financeiras e as do clima estão estreitamente relacionadas", considera Terry Barker, diretor do Centro de Pesquisas sobre a Luta contra as Mudanças Climáticos da Universidade de Cambridge.

    Em sua opinião, livrar a economia de sua dependência de petróleo e de gás é "a resposta à crise financeira, porque para obtê-lo, precisamos de um programa de investimentos maciço".

    Outra notícia, do Estadão Online via AmbienteBrasil, revela que o desmatamento representa mais riscos à economia do planeta do que a crise financeira, pois a destruição do meio ambiente exige investimentos em recuperação e fornecimento de "serviços" que a natureza oferece de graça:

    A economia global está perdendo mais dinheiro com o desaparecimento das florestas do que com a atual crise financeira global, segundo conclusões de um estudo encomendado pela União Européia. A pesquisa, A Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (Teeb, na sigla em inglês), foi realizada por um economista do Deutsche Bank. Ele calcula que os desperdícios anuais com o desmatamento vão de US$ 2 trilhões a US$ 5 trilhões.

    O número inclui o valor de vários serviços oferecidos pelas florestas, como água limpa e a absorção do dióxido de carbono. O estudo tem sido discutido durante várias sessões do Congresso Mundial de Conservação, que está sendo realizado em Barcelona. (...)

    Alguns participantes do evento esperam que o novo estudo será uma nova forma de convencer legisladores a criar políticas que financiem a proteção da natureza em vez de permitir que o declínio de ecossistemas e espécies continue.
    Fotos: cable89/Flickr e renatodc/stock.xchng

    quarta-feira, 8 de outubro de 2008

    Condomínio no Reino Unido é exemplo de sustentabilidade


    Para construir uma casa ecológica, não é necessário fazer algo extravagante ou muito fora do comum. Por fora, empreendimentos sustentáveis podem até se parecer muito com residências tradicionais, mas algumas técnicas utilizadas na construção e manutenção podem fazer toda a diferença. É o que está provando o condomínio BedZED, ou Beddington Zero Energy Development (Empreendimento de Energia Zero), no Reino Unido.

    Reportagem na revista Bons Fluidos mostra algumas características peculiares do projeto, tais como material de construção comprado localmente, uso de materiais reciclados e mão-de-obra local. As paredes foram projetadas para conservar o calor, o que é muito importante por causa do rigoroso inverno britânico. A água da chuva é reaproveitada e o seu consumo é regulado. Com todas essas medidas, o consumo de energia cai para 10% em comparação com uma casa normal e a média do uso de água é de 60 litros por dia por pessoa (no Reino Unido o gasto médio é de 150 litros).

    Mesmo sem unidades livres, já existem pessoas na fila de espera. Os moradores ainda utilizam largamente a bicicleta, o trem, o carro elétrico e o "Clube do Carro", sistema de agendamento e aluguel de veículos disponível em vários pontos da cidade. Segundo o criador do BedZED, o arquiteto Bill Dunster, “não existe diferença entre esse projeto e uma casa normal. A não ser pela vontade de fazer assim”.

    Leia a reportagem completa.

    UPDATE: Saiba mais - confira uma reportagem sobre a busca dos prédios brasileiros pelo "selo verde".

    Foto: thingermejig/Flickr

    segunda-feira, 6 de outubro de 2008

    Sujeira no dia das eleições


    Em todo o Brasil, vários eleitores indignados protestam contra a quantidade de santinhos que foram despejados ontem (domingo, 5) nas vias públicas. Não só os locais de votação como as calçadas de muitas casas sofreram com a sujeira. A prática, apesar de ser considerada "boca-de-urna" e estar proibida, foi amplamente desrespeitada.

    As fotos mostram a situação em Uberlândia (MG, acima) e em Diadema (SP, abaixo). No Rio de Janeiro (RJ), houve recolhimento de propaganda irregular - totalizando cinco toneladas - e prisões de candidatos fazendo campanha. A distribuição dos materiais eleitorais incomodou quem não queria aceitar os folhetos. Em alguns casos, chegaram a ser arremessados contra os eleitores.

    Os garis, que tiveram muito trabalho extra, reclamam do estado em que ficaram as ruas. A propaganda no dia da votação não só é um crime eleitoral como obstrui os bueiros e polui a cidade, podendo assim causar complicações.

    As informações são do G1, do RJTV e do Correio de Uberlândia.
    Fotos: Adreana Oliveira/Correio de Uberlândia e Rafael Luz/VC no G1.


    quinta-feira, 2 de outubro de 2008

    Mundial de 2014 já é conhecido como "Copa verde"


    Do UOL Esporte:

    Constantemente exaltadas em campanhas pró-turismo, as belezas naturais do Brasil também se tornaram apostas para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no país. Em evento de apresentação das 18 cidades candidatas a receber jogos da competição, nenhum argumento foi utilizado de forma tão recorrente quanto o clima e a riqueza do ecossistema.

    O principal motivo para essa postura dos dirigentes é a expectativa da Fifa em transformar o Mundial do Brasil em uma bandeira de exaltação ao meio ambiente. "O termo que eles estão usando é Copa verde. E se formos pensar assim, não podemos imaginar a competição sem um representante da Amazônia", ponderou Marcelo Lima Filho, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas.

    As cidades do Centro-Oeste também revelaram preocupação específica com a valorização de suas belezas. Foi assim nas apresentações de Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT), por exemplo.

    "A beleza natural nos confere um afluxo imenso de turistas, e faz do Mato Grosso do Sul uma região extremamente propícia para a valorização da ecologia. Temos um potencial incrível, e evidentemente isso vai ser considerado", disse André Puccinelli (PMDB), governador, depois da apresentação de Campo Grande.

    segunda-feira, 29 de setembro de 2008

    Eleições tecnológicas e ecológicas


    Votar também pode ser uma forma de preservar o meio ambiente. Não apenas por causa da possibilidade de se colocar no poder um candidato comprometido com a natureza, mas porque a utilização de urnas eletrônicas poupa muitos recursos naturais que seriam comprometidos com a produção de cédulas de papel.

    Reportagem do JC Online mostrou que nos dez primeiros anos de sistema eletrônico de votação, 18.720 árvores foram poupadas, o equivalente a uma floresta de 112 mil metros quadrados ou a 11 campos de futebol, e 505,44 milhões de litros de água foram economizados, volume de água suficiente para abastecer uma cidade de 100 mil habitantes por um mês.

    Neste ano, em que 130 milhões de brasileiros vão às urnas, as eleições vão economizar 148,2 mil quilos de papel, que para serem fabricados utilizariam 80 milhões de litros de água e 2.965 árvores. Os equipamentos utilizados também serão reciclados ou terão descarte ecológico: serão recolhidas 57.262 urnas, 980,4 mil disquetes, 279 mil bobinas e 41.944 baterias.

    Leia a reportagem completa.

    quinta-feira, 25 de setembro de 2008

    Humor pela conscientização ambiental


    Acima, charge de Jarbas Domingos de Lira Jr., vencedora da exposição. (Fonte: Pátio Brasil/Divulgação)

    A exposição "Eco Cartoon", que acontece em um shopping de Brasília, mostra charges e cartoons de desenhistas de vários países alertando para os perigos do aquecimento global.

    No primeiro Salão Internacional de Humor, onde está a exposição, estão à mostra 100 trabalhos de várias partes do Brasil e de outros países. Eles são julgados pelo público e por um júri especializado e recebem prêmios.

    Assita a uma reportagem da Rede Globo sobre a mostra.

    As informações são do portal G1.

    terça-feira, 23 de setembro de 2008

    Dia Mundial sem Carro


    Esta segunda-feira, dia 22 de setembro, foi o Dia Mundial Sem Carro. O movimento teve início dez anos atrás, na França, e já no ano seguinte, se espalhou pelas principais cidades da Europa. Em 2000, o evento ganhou caráter mundial e, no Brasil, acontece desde 2001. Neste ano, 1776 cidades aderiram.

    O objetivo dos organizadores é que as pessoas deixem o carro em casa e usem o transporte público por um dia, para que reflitam sobre os prejuízos que o excesso de automóveis traz ao meio ambiente e sobre alternativas para a mobilidade urbana.

    O site da Quatro Rodas aproveitou a data para divulgar um breve slide-show mostrando a corrida das montadoras rumo aos carros ecológicos. Um interessante trecho da reportagem ressaltou que:

    É fato que deixar o automóvel em casa um único dia não resolverá nenhum dos problemas ambientais. No entanto, o movimento tem um caráter simbólico de protesto contra a poluição e é uma forma de exigir, dos governantes, políticas coerentes de transporte público e meio ambiente.
    As informações são da Quatro Rodas e da Folha Online via AmbienteBrasil.

    Leia também no Blog do Jogo Limpo: Carros menos poluentes

    Foto: fatestock/Stock.xchng

    domingo, 21 de setembro de 2008

    Quer mudar o mundo? Saia da rotina


    O homem moderno desfruta de muito conforto. São inúmeras as inovações nas áreas de alimentação, higiene, transportes, entretenimento, entre outras, que tornaram a vida no século XXI mais prática e dinâmica. Infelizmente, este estilo de vida acelerou o consumo em escala mundial e exigiu do planeta mais do que ele pôde suportar.

    O que fazer para alterar a situação e evitar um desastre ambiental? Hoje, esta questão pede uma atitude séria e comprometida, que vai além do discurso e exige mudanças profundas na rotina do dia-a-dia. Temos que abrir mão de uma série de facilidades para diminuir nossa pegada ecológica (ou seja, nosso impacto na natureza). É até mesmo promover o chamado "regresso sustentável".

    Recuperar alguns comportamentos que ficaram no passado - um tempo em que não havia carros tão poluentes, sacolas plásticas, fraldas descartáveis e alimentos industrializados - e adaptá-los à era de hoje é fundamental. Usar a tecnologia para criar invenções que, embora possam enfrentar resistência inicial do público, poupem mais os recursos naturais, também é de grande valor. Assim como ouvir as crianças, que desde cedo já estão aprendendo que consumo consciente não é brincadeira.

    Para saber mais sobre este assunto, leia a excelente reportagem "O consumismo que mata o Planeta a cada dia", que você pode acessar neste link.

    Ilustração: flaivoloka/Stock.xchng

    quarta-feira, 17 de setembro de 2008

    OMM alerta que o buraco na camada de ozônio cresceu em 2008


    Da AFP via Yahoo! Notícias:

    O buraco na camada de ozônio aumentou em comparação a 2007, mas não vai ultrapassar o pico alcançado em 2006, informou nesta terça-feira [16] a Organização Meteorológica Mundial (OMM) no Dia Mundial do Ozônio.

    "Em 2008, o buraco da camada de ozônio se formou relativamente tarde. No entanto, nas últimas semanas tem crescido rapidamente ao ponto de ter ultrapassado o tamanho máximo atingido em 2007", explica a OMM em um comunicado.

    "Depois de ter padecido com as conseqüências dos produtos químicos, a camada de ozônio precisará ao menos de 50 anos para se recuperar completamente", comentou em Nova York o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citado pela OMM.
    Foto: zakgollop/Flickr

    segunda-feira, 15 de setembro de 2008

    O Cerrado e o Governo



    Uma notícia divulgada na Folha de São Paulo levanta uma importante questão:

    O governo do Estado de São Paulo suspendeu, por meio de uma resolução, as autorizações para corte de cerrado por um período de 180 dias. O objetivo é resguardar o pouco que resta desse bioma até que seja aprovada uma lei que o proteja -- o projeto será enviado em breve para a Assembléia.

    Hoje, o Estado possui 211 mil hectares dessa vegetação -o que equivale a 0,84% do território paulista. Originalmente, o cerrado ocupava 14% da área de São Paulo, com 3,4 milhões de hectares. Hoje, a expansão da cana e os loteamentos são as maiores ameaças ao que resta dele.

    Segundo o secretário estadual Xico Graziano (Meio Ambiente), no país não existe legislação específica de proteção ao cerrado. (grifo nosso)
    Provavelmente o secretário se refere ao fato de a Constituição do Brasil não incluir o Cerrado no quarto parágrafo do artigo 225, que assegura a preservação de diversos biomas nacionais. Este dado foi divulgado pelo site SOS Cerrado, que também organiza uma campanha para reverter o quadro.

    § 4° A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeirasão patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

    Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Título VIII - Da ordem social. CAPÍTULO VI - Do Meio Ambiente.
    Felizmente, o Poder Público também promove ações animadoras, como a inclusão do Cerrado nos sistemas de monitoramento oficial por satélite (notícia também divulgada pela Folha):
    Mês a mês, os brasileiros são informados sobre como anda o desmatamento na Amazônia. Até agora, essa é a única floresta monitorada por satélite oficialmente no país. Mas o governo prometeu nesta semana que os outros biomas brasileiros --cerrado, caatinga, mata atlântica e Pantanal e pampa- também serão vigiados.

    O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assinou um acordo de cooperação técnica entre a Secretaria de Biodiversidade e Florestas e o Ibama para estender o monitoramento remoto aos "primos pobres" da maior floresta tropical do mundo. O projeto terá R$ 600 mil do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) para seu primeiro ano.

    A principal formação a ser acompanhada é o cerrado - segundo maior bioma brasileiro.
    Aos cidadãos, cabe fiscalizar o governo e tomar sempre atitudes que mantenham preservado esse bioma, que figura entre os mais ameaçados do país e do mundo.

    Foto: The Sam Noble Oklahoma Museum of Natural History e Universidade de Brasília

    quarta-feira, 10 de setembro de 2008

    A reciclagem invade o mundo da moda

    Da AFP via Yahoo! Notícias:

    O que era uma toalha de hospital agora é uma paletó, o que era um gorro do exército russo agora é uma bolsa: a reciclagem vem sendo cada vez mais utilizada pelos estilistas, como mostrou o Salão do Prêt à Porter de Paris (...)

    Segundo vários profissionais presentes no Salão de Paris, a "moda reciclada está se tornando cada vez mais interessante para os clientes, principalmente os amantes do 'vintage' (roupa antiga), que querem ter peças únicas ou críticas da sociedade de consumo".

    "Esta é a maneira mais ecológica de realizar uma coleção, porque não há produção, a matéria-prima já existe", explicou por sua vez Matthew Allen, encarregado do departamento "moda ética" do Salão, que teve a participação de 80 marcas, ou seja, quatro vezes mais do que em 2006, quando foi criado.

    "Os consumidores querem ficar com a consciência tranqüila mas, além disso, estas peças têm uma história e são únicas", disse Allen.

    A brasileira Eliza Gabriel recupera retalhos que uma grupo de 10 pessoas costura no Brasil para criar bolsas, tapetes, etc.

    "É mais barato que o tecido novo, mas a idéia é principalmente dar uma vida nova a estes retalhos", disse, explicando que não suportava ver tudo ser desperdiçado. "É uma coisa ideológica", acrescentou.

    segunda-feira, 8 de setembro de 2008

    A destruição na Amazônia a um clique do mouse


    Amazônia.vc é um mapa interativo desenvolvido pelo site Globo.com para exibir dados sobre desmatamento e queimadas na floresta. A atualização se baseia nos relatórios do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Inpe. Usuários do Orkut têm a possibilidade de adicionar o mapa em seu perfil e registrar protestos contra a destruição, que podem se tornar reportagens de televisão. A iniciativa faz parte do portal Globo Amazônia, lançado ontem (domingo, 07/09), que reúne todas as notícias da Globo com enfoque ambiental sobre o tema.

    Poucas horas após a divulgação do Amazônia.vc no programa "Fantástico", quase 50.000 pessoas já haviam colocado o mapa em seus perfis do Orkut. Para participar também, basta acessar este link e clicar em "Adicionar aplicativo". Aproveite para se surpreender com o ritmo da devastação e debater o tema com seus amigos.