quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Vídeos: Cidade verde

O "Bom Dia Brasil" está exibindo, esta semana, uma série especial de reportagens sobre cidades verdes. São mostrados os desafios enfrentados para conciliar desenvolvimento econômico com respeito à natureza e as soluções que estão sendo colocadas em prática para resolver esta questão.

Algumas medidas, inclusive, parecem até uma "volta ao passado", pois envolvem abrir mão de diversas facilidades da vida moderna (é o que alguns chamam de "regresso sustentável"). Mas, na verdade, por trás destas ações, também existe muita tecnologia envolvida.

Clique nos títulos para assistir às reportagens ou ler as transcrições.

Poluição nas águas ameaça meio ambiente de Curitiba
(veja abaixo) O Brasil tem bons exemplos de preservação, mas o desafio é mantê-los. Veja como Curitiba tenta firmar as conquistas de décadas passadas.



Em Paris, nada de carro, a moda é pedalar
Limitar a iluminação, construir prédios ecológicos em bairros pobres e transformar a bicicleta em um símbolo cult são algumas das medidas verdes dos franceses.

Programa ambiental da Inglaterra estimula carro elétrico
Alguns países começam a mudar a história. Um exemplo é a Inglaterra. No passado, foi responsável por uma imensa quantidade de emissões tóxicas à atmosfera. Hoje, tem um dos programas ambientais mais ousados entre os países ricos.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Bom, bonito e sustentável


Inovações podem representar significativos avanços na área ambiental, quando revelam novas formas de produção que poluam menos ou não afetem tanto o nosso planeta, e se constituir também em oportunidades de empreendedorismo. Uma inovação sustentável garante economia por causa dos processos menos exploratórios - e menos dispendiosos - e aumenta o valor agregado ao produto final: se o consumidor constatar que ele é realmente mais verde, e nem por isso menos eficiente ou duradouro, estará inclinado a comprá-lo.

Um bom exemplo dessa lógica é o caso do empresário Thái Quang Nghiã, vietnamita que vive no Brasil desde os anos 70, mostrado na reportagem da revista "Pequenas Empresas Grandes Negócios". Ele é proprietário de uma fábrica que produz calçados ecológicos, feitos a partir de pneu reciclado. No início das vendas, em 2004, essa característica do produto não era promovida como seu ponto forte. Hoje, o chinelo já é o carro-chefe da empresa, que não vende mais produtos feitos de material não-reciclável. Leia alguns trechos da matéria:

(...) [Thái Quang Nghiã] é dono do grupo Domini, que detém a marca Goóc, de sandálias de pneu reciclado, o carro-chefe da empresa, e de bolsas de lona de caminhão usada. Com faturamento de R$ 50 milhões no ano passado, a empresa tem 280 funcionários, duas fábricas em São Paulo e outra em Feira de Santana, na Bahia. Na carteira de clientes, gigantes do porte da C&A, Avon e Galeries Lafayette, a maior loja de departamentos da França. (...)

A maior das guinadas do Grupo Domini veio em 2004. Durante uma temporada de férias para visitar os irmãos que moram na França e nos Estados Unidos, o empresário teve a idéia de fabricar chinelos de pneu reciclado inspirados em um modelo popular no Vietnã dos tempos da guerra. Nasciam assim as sandálias Yepp (chinelo, em vietnamita). Um ano depois, rebatizou a grife de Goóc (raiz, em seu idioma). (...)

Na ocasião, não era tanto no apelo ecológico que ele apostava para vender o produto. “Eu pensava muito mais na resistência e na durabilidade da borracha do pneu.” O ponto de vista dos consumidores era parecido. Numa pesquisa de opinião, apenas 7% da clientela citou os benefícios ao meio ambiente como principal motivador de compra. Dois anos depois, em 2006, a parcela já havia saltado para 24%. Antenado à mudança, o empresário afinou o marketing com a veia verde do produto. Hoje, por exemplo, as sandálias vêm com um panfleto dizendo que cada pneu demora mais de 700 anos para se decompor. (...)

Embalado pela onda ecológica, o Grupo Domini traçou como meta para 2014 atingir a marca de 210 milhões de pares de chinelos vendidos — o suficiente para reciclar mais de 40 milhões de pneus. É um objetivo um tanto ambicioso. (...)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O legado de Chico Mendes


Busto em bronze de Chico Mendes, exposto no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. (Foto: ARTExplorer/Flickr)

Há vinte anos, morreu um dos personagens de maior destaque na história do ambientalismo brasileiro: o seringueiro Francisco Alves Mendes. Entretanto, sua batalha ainda repercute no presente. Chico Mendes, à frente do seu tempo, defendeu um conceito que, até hoje, luta-se para colocar em prática: o de que é possível conciliar preservação e desenvolvimento econômico para quem vive na floresta. (Leia mais sobre o assunto aqui e aqui)

Um artigo de Alexei Barrionuevo, do "New York Times", publicado no G1, relaciona os ideais de Chico Mendes aos planos anunciados recentemente pelo governo brasileiro para reduzir o desmatamento e a emissão de dióxido de carbono. Leia alguns trechos:

Neste mês, o Brasil iniciou o que ambientalistas esperam ser um grande passo para a concretização da visão de Mendes. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva introduziu ambiciosas metas de redução para o desmatamento e emissões de dióxido de carbono, em um país que é um dos maiores emissores mundiais desse gás do efeito estufa. (...)

No final dos anos 60 e início da década de 70, o governo militar estimulou famílias sem-terra a se estabelecerem na região [da Floresta Amazônica]. A construção de estradas, especuladores de terras e fazendeiros vieram em seguida, e as florestas foram derrubadas a um ritmo assustador.

As queimadas e a decomposição de árvores produzem dióxido de carbono, um gás do efeito estufa.

Mendes organizou seringueiros em grupos e enfrentou credores que pagavam para construir estradas. Seus esforços para acabar com desmatamento em uma área planejada para ser uma reserva florestal levaram à sua morte. Desde o assassinato, em 22 de dezembro de 1988, mais de 20 reservas foram criadas, protegendo mais de 3,2 milhões de hectares. (...)

O Brasil sempre esteve na defensiva quando o assunto era a mudança climática,” afirmou Carlos Minc, ministro do meio ambiente brasileiro. “E agora está completamente mudado, aprovando um plano mais ousado que o da Índia ou da China.”

Minc conta que o plano ajudaria a satisfazer uma exigência de alguns dos países mais desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos, que disseram não concordar em firmar limites de emissões até que países menos desenvolvidos, que produzem quantidades significativas dos gases do efeito estufa, fizessem o mesmo.

O desmatamento produz mais que um quinto do dióxido de carbono de origem humana, segundo algumas estimativas. Cerca de 75% das emissões brasileiras vêm do desmatamento, citou Minc.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal ecológico


O Natal chegou. É tempo de transmitir carinho à família e aos amigos e trocar votos de paz, alegria e amor. Nessa época, também se trocam muitos presentes. Embora a prática seja símbolo de generosidade, somos tentados a comprar uma quantidade exagerada de mimos – que às vezes nem representam nossos verdadeiros sentimentos – e acabamos, assim, engolidos pelo consumismo.

Com isso, o meio ambiente sofre sérias conseqüências. O aquecimento do comércio no fim de ano leva ao aumento da produção, que por sua vez leva ao aumento da exploração dos recursos naturais. Outro problema é o acúmulo de lixo produzido no período – só no Reino Unido, por exemplo, são geradas três milhões de toneladas de resíduos nos três dias das festividades natalinas.

Por outro lado, seguindo algumas dicas simples, podemos tornar nossa conduta mais sustentável e até mesmo recuperar alguns dos verdadeiros significados dessa data – afinal, a confraternização e a presença dos entes queridos são os melhores presentes!

Confira abaixo nossa seleção de sugestões para um Natal mais verde, abrangendo também a decoração natalina e a preparação para a ceia. O Blog do Jogo Limpo deseja a todos um Feliz e Verde Natal!

Presentes:

  • Use a imaginação e dê presentes alternativos, reciclados, produzidos artesanalmente, de pouco impacto ambiental, e feitos para durar.


  • Escolha presentes que sejam mais simbólicos do que materiais: um texto escrito por você ou do qual você gosta; uma canção que marcou sua vida neste ano que se encerra; uma entrada para visitar uma exposição em um museu; um roteiro de visita ao que você gosta na cidade.


  • Reflita bem antes de comprar e avalie se o presente é realmente do gosto de quem você está presenteando; o presente terá um significado especial para a pessoa presenteada, que vai reconhecer que o presente não é um “genérico”, mas voltado a ela em um gesto de real amizade e carinho.


  • Desembrulhe seus presentes com cuidado e reutilize o papel em outro presente. Com isso, você estará reduzindo a geração de resíduo, evitando o desperdício de matéria-prima e economizando dinheiro.


  • Decoração:

  • Procure comprar decorações que possam ser reutilizadas em anos consecutivos. Hoje em dia é possível achar lindos ornamentos feitos de sementes e materiais reciclados. Mas, se o reuso não for possível, leve tudo separadamente para reciclagem.


  • Exercite sua criatividade e crie sua própria decoração. Que tal tentar fazer um floco de neve com papel, uma estrela com um CD, uma guirlanda com revistas ou um Papai Noel com uma lâmpada?


  • Se possível, plante a sua árvore de Natal, ao invés de adquirir uma artificial. Além de contribuir com o seqüestro de carbono, você poderá reutilizá-la no ano seguinte. Os modelos industriais podem liberar toxinas no ambiente.


  • Ceia:

  • Compre só o necessário para a ceia de Natal de final de ano e evite o consumo exagerado de alimentos e bebidas; sempre que possível, escolha alimentos orgânicos e de produção local.


  • Dê preferência a alimentos orgânicos na hora do preparo, pois são mais saborosos, nutritivos e saudáveis por não conterem agrotóxicos.


  • Comemoração:

  • Passe algumas das horas que você gastaria nas compras visitando as pessoas queridas, a quem você viu pouco durante o ano.


  • Veja também: + posts de Natal no Blog do Jogo Limpo

    Fontes:

  • Neste Natal, priorize o que realmente interessa e reduza impactos negativos sobre o meio ambiente (AmbienteBrasil)

  • Natal Ecológico – Enfeites (EcoBlogs)

  • Em meio à turbulência, um Natal para resgatar a simplicidade e os valores humanos (Akatu)

  • O Natal e o aquecimento global (Terra)


  • Este post participa da campanha de Natal do "Faça a sua parte".

    Ilustração: animalover/stock.schng

    sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

    Onde você joga fora seus remédios?


    Medicamentos que compramos nas farmácias e despejamos pelo ralo da pia ou jogamos no vaso sanitário podem comprometer a qualidade da água que bebemos. Algumas substâncias não são eliminadas pelo processo de tratamento do esgoto e há o risco de que causem até câncer no ser humano. Mesmo o descarte pelo lixo tem suas complicações.

    Quem dá o alerta é o Jornal do Brasil, em reportagem publicada na segunda (15). No entanto, a matéria também traz esclarecimentos sobre a questão e dicas para se tomar uma atitude mais correta: comprar menos remédios e, se possível, procurar o farmacêutico para a destinação adequada destes produtos após o vencimento. Leia alguns trechos:

    Esse problema é um consenso entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e o Conselho Federal de Farmácias (CFF).

    Porém, até o momento não existe uma legislação que regulamente o descarte de resíduos doméstico, e a privada continua sendo a lixeira dos produtos.

    – A Anvisa instrui as pessoas a descartarem o material em vasos sanitários, mas não concordo. As substâncias dos remédios vão parar nas águas dos rios que acabam sendo mananciais de água potável. Como nosso sistema de saneamento não é 100% eficiente, esses medicamentos acabam sendo distribuídos nas águas e as pessoas ficam, cronicamente, expostas a substâncias como, por exemplo, antibióticos e hormônios – afirma Wilson Jardim, professor do Instituto de Química da Unicamp.

    Calcula-se que 20% dos medicamentos adquiridos são descartados de alguma forma no meio doméstico, informa Antonio Barbosa, coordenador nacional do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum).

    – O descarte de medicamentos é uma das maiores causas de envenenamento e intoxicação em comparação ao contato com produtos químicos – alertou Barbosa.

    O Conama também não dispõe de norma que regulamente o lixo doméstico.

    Para o assessor técnico do CFF, José Luis Maldonado, os restos de remédios não devem ser jogados em casa, “o ideal seria devolver à farmácia” pois, segundo ele, o farmacêutico é responsável pelo plano de gerenciamento de resíduos.
    Foto: Gastonmag/stock.xchng

    terça-feira, 16 de dezembro de 2008

    Nas academias, reciclagem é a nova moda


    Reportagem do G1 mostra que confecções estão investindo em produtos mais sustentáveis para a prática de exercícios, mas que os consumidores não abrem mão da beleza, do conforto e do preço. Leia alguns trechos:

    Uma nova tecnologia começa aos poucos a atrair a atenção dos freqüentadores de academias em São Paulo: as roupas de ginástica feitas com materiais ecológicos e recicláveis, como garrafas pet. A inovação chegou ao mercado brasileiro no segundo semestre.

    A camiseta feita de garrafa pet ainda não é 100% de material reciclável, mas já antecipa a tendência. A peça é feita com 70% de poliamida, tecido utilizado para a prática de atividades esportivas, e 30% de poliéster produzido com o plástico das garrafas – que é derretido e misturado a resíduos de poliéster que seriam descartados.

    Outra matéria prima ecológica utilizada nas peças é o bambu. O tecido, além de colaborar para a manutenção do meio ambiente – o bambu tem plantio mais fácil que o algodão, e não necessita de agrotóxicos – mantém um agente natural que evita a propagação do odor de suor.

    Por enquanto, as peças ainda são mais caras, o que pode afastar um pouco os consumidores. Por isso, os fabricantes investem em peças mais básicas, como as camisetas.

    “Já ouvi falar sobre essas peças com material reciclado. Fiquei surpresa, mas ainda não toquei para saber como é. É importante ser confortável, bonito e de qualidade", opina a dona-de-casa Edna Rodrigues, de 45 anos, aluna da Bio Ritmo.
    Foto: G1/Divulgação

    sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

    ONU defende que a crise climática é mais séria que a econômica


    Da Abril (adaptado):

    O mundo deve evitar um retrocesso na luta contra o aquecimento global, e precisaria criar um "New Deal Verde" para atacar ao mesmo tempo a crise climática e a crise ambiental, disse na quinta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.

    "Devemos nos recomprometer com a urgência da nossa causa", disse Ban a cerca de 100 ministros de Meio Ambiente reunidos entre os dias 10 e 12 na Polônia, onde discutem detalhes de um novo tratado climático global, processo ofuscado nos últimos meses pelo temor de uma recessão global.

    "Não pode haver retrocesso em nossos compromissos com um futuro de baixas emissões de carbono," disse Ban. "Sim, a crise econômica é séria. Mas, quando se trata de mudança climática, há muito mais em jogo. A crise climática afeta nossa potencial prosperidade e a vida das pessoas, tanto agora quanto no futuro distante."

    "Enfrentamos duas crises juntas: mudança climática e a economia global. Mas essas crises nos apresentam uma grande oportunidade, uma oportunidade de tratar de ambos os desafios simultaneamente", afirmou.

    O evento da ONU na Polônia é parte de um processo iniciado em 2008 em Bali, que visa a concluir até dezembro do ano que vem, numa cúpula na Dinamarca, um tratado climático que irá substituir o Protocolo de Kyoto a partir de 2013.
    Foto: spekulator/stock.xchng

    terça-feira, 9 de dezembro de 2008

    Crise dificulta acordos climáticos para 2009


    Da Reuters via Yahoo! Notícias:

    A recessão e a mudança de governo nos Estados Unidos tornam improvável que o mundo cumpra em 2009 a meta de assinar um acordo completamente novo para combater o aquecimento global, disseram delegados em um encontro climático da Organização das Nações Unidas (ONU).

    Há um ano, 190 países decidiram trabalhar pela aprovação de um acordo climático abrangente no final de 2009, em um encontro em Copenhague. Mas negociadores e analistas que compareceram à uma reunião prévia em Poznan, Polônia, entre 1o e 12 de dezembro, dizem que o objetivo parece difícil de ser alcançado.

    O mais longe que pode ser alcançado no ano que vem, para muitos, são os princípios para um pacto, ainda que alguns digam que isso seja muito pessimista. (...)

    O prazo de 2009 foi estabelecido para assegurar que as novas metas de redução de emissão de gases possam ser ratificadas em todo o mundo antes da expiração das metas do Protocolo de Kyoto, em 2012.
    Saiba mais: Como a crise econômica afeta o meio ambiente - Seleção especial de notícias

    domingo, 7 de dezembro de 2008

    Petrobras pede desligamento do Instituto Ethos


    Na última terça-feira (2), a Petrobras pediu o seu desligamento do Instituto Ethos (organização criada para ajudar empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável), alegando ser "alvo de uma campanha articulada com o objetivo de atingir a imagem da Companhia e questionar a seriedade e eficiência de sua administração" e entendendo "que o grupo de pessoas e entidades responsável por essa campanha contra a Companhia encontra respaldo no Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social".

    A Petrobras já havia sido proibida pelo Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) de fazer campanhas que valorizassem suas ações de responsabilidade ambiental e excluída da carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da BM&F Bovespa.

    O episódio aconteceu após a estatal não ter cumprido a resolução 315/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que determina a redução de emissões poluentes a partir de janeiro do próximo ano. A companhia deveria reduzir o teor de enxofre no diesel vendido no país, oferecendo o tipo 50 (de 50 ppm, particulas por milhão). Atualmente, existem no mercado o diesel 500 e o diesel 2000.

    Entretanto, a Petrobras garante que tal resolução "não trata sobre composição de combustíveis, muito menos sobre teores de enxofre no diesel, e sim sobre nível de emissões que os veículos, produzidos no Brasil ou importados, deverão apresentar a partir de janeiro de 2009".

    O presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young, lamenta a decisão. "Ao se desligar do Instituto Ethos, a Petrobras rompe com o compromisso de ser uma empresa socialmente responsável. Parece que é uma tentativa de confundir o mercado. Quer desviar a questão principal e se colocar como vítima, mas a empresa precisa prestar contas."

    (Com informações de: O Globo, Portal EXAME, Mercado Ético e Petrobras. Imagem: Greenpeace)

    segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

    Carona solidária


    No exterior, já é comum dividir o carro com companheiros de percurso. Há, inclusive, faixas exclusivas para automóveis com passageiros. Mas no Brasil, talvez por uma questão cultural, envolvendo privacidade ou medo de assalto, a carona ainda não foi disseminada. Segundo o Yahoo! Autos,

    No Brasil, o incentivo dos órgãos públicos ainda se limita a disponibilizar sites que possibilitem o encontro de quem quer dar ou receber carona. Mas se depender da disposição da maioria dos brasileiros para abrir as portas do carro a estranhos, a iniciativa vai demorar um pouco para engrenar.

    Atualmente, 64% dos automóveis da cidade de São Paulo andam apenas com seus motoristas, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego.

    Redução das emissões de CO2, menos trânsito, menos doenças pulmonares, mais economia e possibilidade de fazer amigos. Se há tantas boas razões para dar carona, por que a prática ainda engatinha no Brasil?
    No mesmo site existem alguns links muito úteis para quem quer aderir a projetos de carona solidária. Em outubro, o AmbienteBrasil também publicou uma reportagem sobre uma iniciativa paulistana que faz a ponte entre quem dá e quem pega carona, o e-Carona:

    O engarrafamento do trânsito nas grandes cidades afeta não só a qualidade de vida de sua população, que perde um tempo precioso em seus deslocamentos, mas tem impacto direto sobre a qualidade do ar e, conseqüentemente, sobre a saúde. (...)

    Para tentar reverter esse quadro, um portal de internet se propõe a ser o elo entre as pessoas dispostas a pegar ou a dar caronas – ou ambos. É o jeito inteligente de retirar carros das ruas, simplesmente fazendo com que eles sirvam a mais pessoas, ao invés de apenas ao (à) motorista, como é o habitual.

    A proposta recebeu o nome de e-Carona e partiu do publicitário José Aparecido de Paulo, num dia em que ele, voltando de uma reunião na região de Pinheiros, demorou duas horas para chegar a seu destino, a avenida Paulista.

    "Durante o percurso comecei a analisar os carros que, na sua grande maioria, estavam com apenas uma pessoa. Nesse momento, pensei que algo deveria ser feito para melhorar isso”, contou Cido – como é chamado – a AmbienteBrasil.

    Confira outras dicas para se tornar um motorista mais sustentável lendo essas reportagens sobre o assunto:

    Carros menos poluentes
    Dia Mundial sem Carro

    Leis de emissões serão mais severas
    Pedalar para ajudar o planeta



    PS: No ano passado, o Blog do Jogo Limpo reproduziu uma reportagem noticiando a viagem de Louis Palmer ao redor do mundo com seu "táxi solar", abastecido exclusivamente com energia solar e capaz de atingir a velocidade de 90 km/h. Na última sexta-feira (21), o G1 mostrou o fim da viagem: o aventureiro chegou a Hamburgo (Alemanha), atingindo o seu objetivo.

    Foto: Divulgação (via Yahoo! Autos)