sábado, 28 de fevereiro de 2009

Da bicicleta ao celular


Reutilização + imaginação = grandes soluções

Com determinação e ousadia para inovar, é possível criar ideias simples, porém eficientes, para solucionar grandes desafios do dia-a-dia. É o que provou um agricultor mineiro e seu invento, como mostra esta história publicada no G1 (via AmbienteBrasil):

Um agricultor de Limeira do Oeste (MG) usou a criatividade e peças de uma bicicleta para montar uma máquina que funciona como bomba, que puxa água de cisternas. A invenção facilitou a vida da família de Eterno Donizetti de Souza, que vive em um assentamento criado em 2007. As condições de moradia são simples e não há água encanada nem energia elétrica. (...)

Além de melhorar a situação da família de Souza, a bomba despertou a atenção da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A invenção foi selecionada e disputou com mais 115 projetos de todo o estado o título de “Criatividade Rural”. Ele conseguiu o segundo lugar.

Segundo o técnico da Emater, João Paulo Aguiar, que descobriu a invenção ao visitar o assentamento, a bicicleta foi escolhida por reduzir custos e reaproveitar materiais. “Nunca pensei que uma bicicleta ia dar tanto ibope. Todo mundo está feliz”, diz o agricultor. [grifo nosso]
Assista também ao vídeo.

Celular pode ser um perigo

Um colunista da BBC Brasil escreveu no jornal O Globo sobre os males causados pelo celular em excesso, tanto no sentido social quanto no ambiental. Leia um trecho:
Voltemos ao mundo dos fatos científicos e que viva eu eternamente nesta terra descontente: a cada 15 meses os celulares são substituídos. Por modelos mais novos, mais versáteis, com certeza mais safados. Há aí um sério problema, conforme já vi discutido em editorial de jornal sério: isso significa que algumas centenas de milhões de celulares são descartados todos os anos, principalmente nos países em desenvolvimento, onde constituem um boom para a produtividade e um catalisador para novas indústrias que surgem (...)

Acontece que, ao menos aqui no Reino Unido, apenas 20% dos celulares são reciclados. Isso significa perigo para o meio ambiente. Os celulares contêm substâncias como o cádmio em suas baterias. O cádmio é um perigo. Se bobearem jogando fora no mar ou num rio, isso pode vir a matar peixe e banhista. Ambos também armados ou não de celular. É preciso cuidar de não degradar o pouco que resta de vivível em nosso meio ambiente. Dizem lá eles.
Foto: G1

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

1/3 de tudo o que você compra vai direto para o lixo


A agência Leo Burnett desenvolveu uma campanha criativa para o Instituto Akatu sobre como é importante reduzir o desperdício de alimentos. Veja o comercial veiculado na TV por assinatura e, mais abaixo, reportagem da Globo News sobre o assunto, incluindo uma entrevista com o diretor presidente do Akatu, Helio Mattar.

Entre também no hotsite da campanha.


(via Comunicadores)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Salvem a economia, mas salvem o clima!


Da Folha Online via AmbienteBrasil:

Cerca de 50 ONGs, entre elas a Oxfam, o Greenpeace e a WWF, pediram nesta quinta-feira (19) aos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) que fixem um novo plano de recuperação econômica "ecológico" na cúpula que realizarão em 19 e 20 de março.

Em comunicado divulgado na quinta-feira pela Oxfam, as organizações defenderam os incentivos fiscais às empresas mais respeitosas ao meio ambiente, para, assim, apostar em uma "recuperação econômica sustentável", em vez de "tirar de apuros" as indústrias poluentes.

Além disso, pediram a criação de um mecanismo financeiro internacional que apoie iniciativas como a energia limpa ou a proteção das florestas nos países em vias de desenvolvimento.

As organizações lembraram aos líderes europeus que a crise econômica não é uma desculpa para que descuidem da 'crise climática', já que esta é "uma ameaça maior para os cidadãos e as economias de todo o mundo."

Assim, afirmaram que os líderes políticos têm agora "menos de 300 dias", em referência à cúpula da ONU sobre o clima que será realizada em dezembro, em Copenhague, para fixar uma estratégia que "salve o mundo dos enormes custos do aquecimento global e proteja a vida das pessoas pobres nos países em vias de desenvolvimento."

Segundo as ONGs, esse plano poderia fomentar o crescimento econômico, criar milhões de empregos qualificados em setores "ecológicos" e garantir o fornecimento de energia "segura" para as gerações futuras.

Por isso, pedem aos países ricos, que, na sua opinião, causaram a crise climática, que invistam dinheiro público na proteção do meio ambiente em seus países, mas também nos em desenvolvimento.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Do café ao carnaval


Café passa uma boa impressão... literalmente

Do Planeta Sustentável - Superinteressante:

O coreano Jeon Hwan Ju achou uma utilidade muito mais sustentável para as borras de café: imprimir documentos! Isso mesmo, a nova impressora criada por Hwan Ju – batizada de RITI Coffee – funciona a base de cartuchos de tinta bem menos poluentes.

Funciona assim: você deposita o resto do seu café matinal – ou outra bebida cafeinada qualquer, como chá, por exemplo – em um cartucho especial que vem acoplado à impressora. Depois, basta colocar papel e movimentar manualmente o cartucho de um lado para o outro. Em instantes, você terá textos e imagens impressos sem sujar as mãos de tinta.
Você talvez não tenha uma impressora dessas na sua casa, mas é possível economizar tinta configurando seu equipamento ou até usando uma fonte ecológica. Veja também como economizar energia ao usar o computador.



Folia ecológica

Estas dicas já saíram em um post antigo, mas valem ser relembradas nesta época de Carnaval. Se você for viajar e comemorar o feriado, seja consciente e não cometa exageros, inclusive em relação ao meio ambiente.

Do Administradores:
Carnaval é tempo de folia e diversão, mas os consumidores não podem se render ao consumo exagerado. No feriado, muitas pessoas pensam em viajar e participar de festas, o que requer mais gastos com combustível, eletricidade e água. Com isso, quem pode sair prejudicado, além do meio ambiente, é o seu orçamento, principalmente porque os preços estão subindo. Para se ter uma idéia, em quatro anos, os valores dos artigos carnavalescos cresceram 25,05%. (...)

Antes de viajar, não deixe os aparelhos na tomada, já que, mesmo em stand by, eles consomem energia elétrica e podem encarecer em até 20% a conta de luz. Algumas cidades ficam lotadas de visitantes e, por isso, há problemas de racionamento de água. A palavra de ordem é economizar: evite brincadeiras que impliquem em desperdício e não demore no chuveiro.

Nos seis dias de Carnaval em Salvador, na Bahia, um volume adicional de 1.500 toneladas de lixo é produzido, o que gera um alto custo de coleta para as prefeituras, pago com recursos públicos que poderiam ser investidos para maior segurança. Por mais que a frase "Jogue o lixo no lixo" já seja conhecida, muitas pessoas realmente não fazem isso e acabam por prejudicar o meio ambiente.
Fotos: Divulgação e kirsche222/stock.xchng

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Vídeo: Dicas para criar HQs

Você já parou para pensar como é produzida uma história em quadrinhos? Já ouviu falar em argumento, meio-perfil, onomatopéia e arte-final? Vamos descobrir juntos as cinco etapas necessárias para transformar um papel em branco em uma divertida aventura.



Esse vídeo foi produzido pelo Projeto Jogo Limpo com o objetivo de levar aos alunos participantes algumas dicas para que exercitem seu lado artístico e registrem seu dia-a-dia. O Projeto usa histórias em quadrinhos e outros materiais lúdicos e divertidos para despertar a consciência ambiental de crianças e jovens.

Conheça o Projeto Jogo Limpo e assista a mais vídeos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

De Kyoto a Samsung

Resultado da enquete "É possível reverter o aquecimento global?"

Não, o problema é grande demais. 18%
Sim, através de novas políticas e hábitos. 81%
Sim, através de novas tecnologias. 0%
Aquecimento global é um mito. 0%

Na enquete original, feita em um site estadunidense, a última alternativa liderava com 40% dos votos até hoje, 16 de fevereiro. Para saber mais, veja o "PS" no post deste link.


Protocolo de Kyoto completa quatro anos em vigor

Em 2005, o Protocolo de Kyoto entrou em vigor. O documento, assinado em 1997, visa controlar a emissão de gases causadores do aquecimento global em todo o mundo. Os Estados Unidos foram duramente criticados por não aderir ao acordo.

Mais um celular verde é lançado


Da Folha Online via AmbienteBrasil:

O Blue Earth, celular com tela sensível ao toque que funciona a partir de energia solar, foi anunciado pela Samsung nesta quinta-feira (12). Segundo o blog Engadget Mobile, trata-se do primeiro dispositivo móvel que é recarregável por painel solar, disposto na parte traseira do aparelho.

Ainda de acordo com o blog, o Blue Earth é feito com plástico reciclado chamado PCM, que é extraído de garrafas PET. O dispositivo móvel também é livre de substâncias tóxicas como berílio. (...)

Há também a função "eco walk", que calcula o quanto emissões de CO2 podem ser reduzidas (e quantas árvores serão poupadas) pela caminhada, em detrimento do uso do carro.

O aparelho estará disponível no Reino Unido a partir do segundo semestre de 2009.
O site GSMArena traz fotos e outras informações sobre o celular. No último dia 31, o Blog do Jogo Limpo também divulgou outros lançamentos da telefonia móvel com foco no uso de matérias-primas naturais e na economia de energia.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Ter muitos filhos prejudica o ambiente, diz autoridade britânica


Do Estadão Online via AmbienteBrasil:

Um dos principais conselheiros do governo britânico para questões ambientais provocou polêmica no país ao defender que os britânicos tenham no máximo dois filhos para evitar danos ambientais.

Em entrevista publicada pelo jornal Sunday Times no domingo (1º) Jonathon Porritt, chefe da Comissão para o desenvolvimento Sustentável do governo, afirmou que os casais que têm mais de dois filhos estão sendo "irresponsáveis" por criar uma carga que não poderá ser suportada pelo meio ambiente. (...)

O assessor do governo britânico, que tem dois filhos, disse que pretende convencer grupos de pressão ambientais para colocar a questão populacional no foco de suas campanha.

"Muitas organizações acreditam que não é parte de seu negócio. Minha missão com os Amigos da Terra e os Greenpeaces deste mundo é dizer: 'Vocês estão traindo os interesses de seus membros ao se recusar a lidar com questões de população e estão fazendo isso pelas razões erradas, porque acreditam que o assunto é muito controverso'."

As declarações de Porritt provocaram reações críticas publicadas pela imprensa britânica nesta segunda-feira.
Foto: papaleguas/stock.xchng

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Energia que dá gosto?


Depois da Revolução Industrial inglesa, no século XVIII, a demanda por eletricidade disparou -- e, consequentemente, os problemas ambientais se multiplicaram. Desde esta época, a queima de combustíveis fósseis é o modo mais comum de se obter energia em todo o mundo. Hoje, a usina termelétrica é a mais usada a nível internacional, mas é poluente e contribui para as mudanças climáticas.

No Brasil, a situação é diferente: a maior parte da matriz energética é formada pelas hidrelétricas, mais limpas. Mesmo assim, afetam o ambiente devido à construção das represas, que destrói a fauna e a flora. Isto motivou o governo a anunciar mais investimentos justamente em termelétricas, o que não agradou organizações como o Greenpeace:

A intenção do governo de diminuir a participação das hidrelétricas na matriz energética brasileira e aumentar a quantidade de energia gerada por termelétricas, prevista no Plano Decenal 2008/2017, apresentado na sexta-feira (6), não agradou a organização não-governamental Greenpeace, defensora do meio ambiente. (...)

O diretor do Greenpeace afirmou que há uma contradição entre o Plano Decenal e a posição do governo brasileiro ao apresentar, durante a Conferência das Partes sobre o Clima, na Polônia, um plano nacional de mudanças climáticas, no qual apostava na redução dos gases de efeito estufa.

“O governo tem vários representantes e não sabemos exatamente qual é a sua posição. Na prática, o que a gente vê é o Brasil sujando sua matriz energética, abraçando de novo energias sujas, antigas, e que são contrárias a qualquer esforço de uma redução das emissões de gases de efeito estufa”, afirmou.

Para Leitão, as energias renováveis são viáveis do ponto de vista ambiental, econômico e social. “O que precisa é que o governo tenha um compromisso sério com a energia de matriz limpa”, diz. Para ele, faltam políticas industriais do governo brasileiro para incentivar energias renováveis.
De fato, o ideal seria investir em energias como a eólica. Sua possibilidade de ser explorada no Brasil é muito viável. Só na região Nordeste, se todo o potencial dos ventos fosse aproveitado para gerar eletricidade, seria possível atender mais da metade das necessidades nacionais. E as grandes potências começam a sinalizar que também devem investir mais neste tipo de energia:
O Global Wind Energy Council (GWEC) [Conselho Global da Energia Eólica, em tradução livre] destaca que Estados Unidos e China registraram os maiores crescimentos na produção de energia eólica, ao final de 2008, ano em que a capacidade mundial de geração de eletricidade dessa fonte subiu para 120,8 gigawatts - energia suficiente para fazer 500 milhões de televisores funcionarem ao mesmo tempo. (...)

Os EUA contam com 8,35 gigawatts do novo aumento, elevando sua capacidade em 50% e superando a Alemanha como o maior produtor de energia eólica, com um total de 25,1 gigawatts, contra 23,9 gigawatts. O país europeu consegue obter, porém, um percentual maior de sua energia de origem eólica. (...)

"A energia eólica é, com freqüência, a opção mais atraente para a geração de energia, tanto em termos econômicos, quanto no que se refere ao aumento da segurança energética, sem mencionar os benefícios para o desenvolvimento econômico e para o meio ambiente", disse o presidente do GWEC, Arthouros Zervos. (...)

A China duplicou sua capacidade instalada, somando pelo menos 6,3 gigawatts e alcançando 12,2 gigawatts ao todo. Nesse ritmo, o gigante asiático está no caminho para superar Alemanha e Espanha e se tornar o segundo país em termos de capacidade de produção eólica, em 2010, completou o GWEC.
Para saber mais:
Na foto, detalhe de turbina geradora de energia eólica (créditos: johnnyberg/stock.xchng)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Ecofilosofia


— Mas a nossa época também teve de encarar muitos problemas novos. Os grandes problemas ambientais são um exemplo disso. Por esta razão, uma importante corrente filosófica do século XX é a ecofilosofia. Muitos ecofilósofos do Ocidente defendem o ponto de vista de que nossa civilização tomou o caminho errado e se encontra em rota de colisão com o que este planeta é capaz de aguentar. Esses filósofos tentaram pesquisar mais a fundo e não apenas discutir as consequências concretas da poluição e da destruição ambientais. Para eles, alguma coisa não está certa em todo o pensamento ocidental.

— Acho que eles têm razão.

— Os ecofilósofos questionaram, por exemplo, a noção de evolução, que se baseia na suposição de que o homem está “no topo” da natureza; ou seja, que somos os senhores da natureza. E é precisamente este pensamento que pode colocar em risco toda a vida do planeta.

— Fico furiosa quando penso nessas coisas.

— Em sua crítica a este ponto de vista, os ecofilósofos foram buscar apoio no pensamento e nas idéias de outras culturas, por exemplo na Índia. Eles também estudaram o pensamento e o modo de vida dos chamados “povos nativos”, ou “populações primitivas”, a fim de, quem sabe, encontrar algo que há muito tempo perdemos.

— Entendo.

— Nos últimos anos, muitos têm afirmado dentro de círculos científicos que todo o nosso pensamento científico está diante de uma mudança de paradigma, ou seja, de uma mudança radical. Em diversas áreas específicas, esta discussão já tem dado seus frutos. Não nos faltam exemplos dos chamados “movimentos alternativos”, que dão particular importância para um pensamento holístico e defendem um novo estilo de vida.

— Isso é muito bom.

Diálogo de Sofia, jovem de 15 anos, com seu professor de filosofia Alberto, em trecho do livro "O mundo de Sofia: romance da história da filosofia", de Jostein Gaarder, publicado pela Companhia das Letras. À venda no Submarino. Recomendo a leitura.

Transcrito do site O mundo de Sofia - Excertos.

Foto: 4 Eyes Photography/Getty Images. Coincidentemente, a foto foi tirada na Noruega, país onde se passa o enredo do livro.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ar mais limpo, vida mais longa


Do G1:

Quanto mais limpo o ar que você respira, mais tempo irá viver. Mas... quanto tempo mais?

Pesquisadores da Universidade Brigham examinaram mudanças na expectativa de vida em 51 áreas metropolitanas, comparando esses números com melhorias na qualidade do ar em cada região, do início dos anos 80 até fim dos 90.

Após controlar o tabagismo, fatores socioeconômicos e outras variáveis, os cientistas descobriram que cada diminuição de 10 microgramas de partículas poluidoras por metro cúbico de ar estava associada a um aumento de mais de sete meses na expectativa de vida média.

No geral, a expectativa de vida aumentou em uma média de dois anos e oito meses nas áreas estudadas. Obtendo dados deste e de outros estudos, os pesquisadores estimaram que cinco meses do aumento na expectativa de vida podiam ser atribuídos estritamente a melhorias na qualidade do ar.
Foto: Thoursie/stock.xchng