segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ecologia na blogosfera: cinco indicações

Blog Day 2009

Hoje está sendo realizada a quinta edição do Blog Day, criado com o objetivo de permitir que blogueiros recomendem outros blogs interessantes a seus visitantes. O Blog do Jogo Limpo participa do movimento e indica cinco blogs sobre meio ambiente que valem a visita (em ordem alfabética):

Blog AmbienteBrasil - Pertence ao portal AmbienteBrasil, maior da área de meio ambiente na América Latina, e é publicado por Rafaela Mussi, engenheira ambiental. O espaço é aberto para que os leitores possam se informar sobre as mais variadas atualidades relacionadas ao meio ambiente, e também discutir e expressar suas opiniões sobre elas.

Embalagem Sustentável - O blog tem objetivo de divulgar a ideia de que uma embalagem pode ser feita de forma mais sustentável, mostrando projetos que já estão no mercado, novos materiais e tecnologias, além de casos bem-sucedidos de reaproveitamento de embalagens e reciclagem. Mantido por Elisa Quartim Barbosa, designer de embalagens. (Twitter: @emb_sustentavel)

Energia Eficiente - Um espaço criado pela Philips para discutir e informar os problemas e as soluções para facilitar o cotidiano e melhorar a qualidade de vida, com foco na eficiência energética. Redigido por Flávio Vieira, advogado com pós-graduação em direito e gestão ambiental. (Twitter: @eeficiente)

Mundo Verde - O Mundo Verde é a maior rede de lojas de produtos naturais e orgânicos da América Latina. Aposta no conceito de vida saudável para um mundo saudável, e está sempre em busca de novas formas de transformar o planeta em um lugar melhor para se viver. Mantido por Verônica Soares, jornalista formada em Comunicação Social. (Twitter: @mundoverde)

Vivo Verde - Destinado a todo e qualquer assunto de termos “ambientais”, seja ele voltado ao solo, mineração, vegetação, saneamento, hidrologia, geoprocessamento, meteorologia e mudanças climáticas, resíduos sólidos, poluição, desmatamento dentre outros. Escrito por Daiane Santana, engenheira ambiental. (Twitter: @VivoVerde)

É claro que muitos outros poderiam completar esta lista. Em uma próxima ocasião, eles também serão devidamente indicados. E você, leitor, quais seriam suas cinco indicações de bons blogs ecológicos? Deixe sua sugestão nos comentários!

Agradecimento especial: professora Mirna Tonus, do blog Interações Digitais, pelo qual fiquei sabendo do Blog Day 2009.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Empresas querem entrar para a luta climática


Do G1 via AmbienteBrasil:

Em dezembro, os olhos do mundo estarão voltados para Copenhague, onde as lideranças mundiais tentarão estabelecer um novo acordo climático. Na tentativa de reverter o caminho do aquecimento global, a redução na emissão de gases-estufa e a criação de formas de incentivo ao empresariado para conversão a uma economia de baixo carbono estarão entre os principais assuntos. Nesta terça (25), essas e outras questões foram debatidas em São Paulo no Fórum Valor Globo News “Brasil e as Mudanças Climáticas”. (...)

Para os representantes do setor produtivo, as questões ambientais devem estar presentes na próxima campanha eleitoral. No entanto, destacam que políticas públicas que orientem o setor e atitudes de preservação do meio ambiente demandam mobilização pública. "O tema será desenvolvido na medida em que houver eco na sociedade", disse Wilson Ferreira Jr., diretor presidente da CPFL Energia.

Acordo inovador é assinado

De Carine Corrêa/MMA via Envolverde (adaptado):
Vinte das maiores empresas do País anunciaram durante o evento, realizado em São Paulo, um acordo de vanguarda para estimular a redução das emissões de carbono, um dos gases responsáveis pelas mudanças climáticas globais. Aracruz Celulose, Light Centrais Elétricas, Grupo Pão de Açúcar, Vale e Votorantim, entre outras, assinaram o documento.

A "Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas", na qual se comprometem a implementar ações para reduzir as emissões de CO2 em suas atividades, será encaminhada ao presidente Lula. É a primeira vez que empresários, representando o setor produtivo, apresentam ao governo uma proposta de redução de emissões.

A meta é avançar na economia de baixo carbono como alternativa para a crise. Em contrapartida, as empresas pedem ao governo a implementação e agilização do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), apoio para a criação de mecanismo de REDD e, ainda, que o Brasil assuma uma posição de liderança nas negociações da COP 15, em Copenhague.

Enquanto isso, no resto do mundo...

De Fabiano Ávila/CarbonoBrasil:
Com base nas atuais metas de redução, as maiores empresas do mundo estão no caminho para atingir os níveis recomendados de emissão de gases do efeito estufa somente em 2089, 39 anos depois do que seria esperado para se evitar as piores conseqüências das mudanças climáticas.

Isto é o que apresenta a pesquisa "The Carbon Chasm", divulgada nesta segunda-feira (24) pelo Carbon Disclosure Project (CDP). Ela mostra que 100 das maiores empresas globais estão atualmente programando cortes de 1,9% por ano, inferior aos 3,9% necessários para que as economias desenvolvidas consigam atingir a meta de reduzir em 80% as emissões até 2050. De acordo com o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), esses 80% seria o mínimo para se evitar as piores conseqüências das mudanças climáticas. (...)

A pesquisa demonstrou que a principal motivação das empresas para a redução de emissões é de fato as forças do mercado. As metas são utilizadas para identificar ineficiências nas operações, poupar custos, estimular a inovação, minimizar os riscos das mudanças climáticas, se diferenciar de competidores e satisfazer as demandas dos acionistas. Algumas empresas entrevistadas citaram ainda outros fatores, como o impacto positivo no meio ambiente e a motivação dos seus funcionários.

Foto: spekulator/stock.xchng

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Inteligência ecológica: conhecer e refletir antes de consumir

Do Planeta Sustentável:

Nosso estilo de vida provoca impactos ambientais no planeta e, para diminuí-los, não há nada melhor do que repensar nossos hábitos de consumo. Essa é a opinião do especialista Daniel Goleman, que em seu livro Inteligência Ecológica defende a tese de que conhecer os impactos ocultos de tudo aquilo que compramos, vendemos e fabricamos pode orientar nossas decisões na hora das compras e, consequentemente, alterar a lógica do mercado.

Goleman explica na obra, lançada no Brasil pela Editora Campus-Elsevier, que a chamada inteligência ecológica transforma consumidores “sem importância” em uma força de peso, porque obriga o mercado a ser transparente e alinhar aquilo que está sendo vendido com os desejos do consumidor.
O livro é vendido por R$ 67,00 no site da Editora Elsevier.


Autor partiu do conceito de inteligência emocional

Do blog do programa Milênio:
Como explicar que as melhores cabeças das finanças quebraram a economia mundial? Ou que os líderes mais inteligentes do mundo não conseguem persuadir seus pares a um esforço maior contra o aquecimento global?

(...) Goleman, criador do conceito da “Inteligência Emocional“ nos anos 80, afirma que a inteligência é um mistério que não pode ser medido somente pelo Q.I. Outras questões como empatia, capacidade de liderança e de saber ouvir são tão importantes quanto a habilidade em reter grandes quantidades de conhecimento.

Veja entrevista com o escritor

Daniel Goleman, que também é psicólogo e jornalista, participou do programa Milênio, da Globo News, falando sobre os conceitos de inteligência ecológica e emocional. A entrevista é de Jorge Pontual. Assista:

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O desafio do Planeta Água


Desde o último domingo (19), Estocolmo (Suécia) está sediando a Semana Mundial da Água, organizada pelo Instituto Internacional de Água de Estocolmo (SIWI, na sigla em inglês) e patrocinada pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). O evento reúne profissionais, representantes de governos e sociedade civil para debater a questão da falta de água e seu impacto sobre as pessoas e o meio ambiente.

Cerca de um bilhão de indivíduos não tem acesso à água potável. Enquanto o Brasil possui grandes reservas de água doce, o mesmo não acontece em outros países, como a Índia e o Iraque, que já sofrem com a escassez. O problema se agrava com a quantidade de água que é extraída das reservas subterrâneas -- 15 vezes maior do que a natureza pode repor.

Mesmo o nosso país sofre com dificuldades na gestão dos recursos hídricos. A Lei das Águas (Lei 9.433/97) assegura o acesso a esse bem público de valor econômico e a disponibilidade para todos os usos. Na prática, falta em várias regiões o saneamento e o tratamento do lixo. Desse modo, as nascentes ficam comprometidas.

O acesso aos serviços básicos relacionados à água diminuiu por causa da crise econômica e das mudanças climáticas. A poluição e a destruição de pântanos e florestas também reduzem ainda mais a quantidade de água disponível para consumo. Neste ritmo, os sistemas de abastecimento podem entrar em colapso daqui a 50 anos.

Parece muito tempo? Infelizmente, não é. A hora de agir é agora.

Com informações da Rádio ONU, Descubra o Verde e Envolverde/Silneiton Favero.

Foto: ilco/stock.xchng

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Marina Silva: a próxima presidente do Brasil?


(Atualizado às 22h de quarta-feira, 19/08/2009)

Na quarta-feira (19), Marina Silva comunicou oficialmente que se desligou do PT. Seus aliados dizem que a ação pode ser um alerta para o crescente desmatamento.

Do Observatório da Imprensa via Envolverde:

Um elemento novo pousou sobre a crise do Senado Federal e poderá apressar o esfriamento dos ânimos ou, pelo contrário, acender ainda mais a fogueira dos conflitos.

Em meio aos debates sobre o julgamento do presidente da Casa, José Sarney, no Conselho de Ética, vem a público a informação de que o Partido Verde convidou oficialmente a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva a mudar de sigla e se candidatar à presidência da República. (...)

A imprensa não oferece uma análise definitiva, mas tende a considerar que uma candidatura de Marina Silva pode afetar mais as chances de vitória da candidata extra oficial do governo, a ministra Dilma Rousseff, do que as do governador José Serra, provável candidato da oposição.

Como se sabe, Marina deixou o governo, principalmente, por causa das restrições que sofreu por parte de Dilma Rousseff durante as discussões para a implantação do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC.

Eu me mobilizo pelo avivamento da utopia para a economia do século XXI. É esse trânsito que precisa ser feito e que não existe em lugar nenhum, precisa ser criado para algo diferente.

As pessoas sempre acham que qualquer movimento que se faz é para ser contra alguma coisa. Meio ambiente reelabora a política porque é o movimento que se pode fazer a favor. Ser a favor da proteção das florestas é bom para todo mundo, assim como ser a favor da redução das emissões de carbono, de uma agricultura que seja sustentável, o que é bom para a própria agricultura e para a balança comercial.

Trechos de entrevista de Marina Silva ao Blog da Amazônia


Serra e Dilma são os candidatos favoritos; mostra pesquisa Datafolha

Da Folha Online via Olhar Direto:
Em resumo, o Datafolha confirma que a posição de Serra continua confortável, a de Dilma acende o sinal amarelo no Planalto, a de Marina pode chacoalhar a eleição e a de Ciro reintroduz algum equilíbrio. E que Aécio Neves não decola.

No mais, ainda é cedo para apostar nas chances de vitória de Marina, por exemplo, que vai crescer, fixar uma boa mensagem ética e mexer com os nervos dos adversários, mas dificilmente terá estrutura, tempo e mesmo programa para virar o jogo e ganhar.

A melhor aposta ainda é uma disputa polarizada entre Serra e Dilma, mas com muito mais sofisticação, maior número de elementos e uma boa pitada de pimenta. E uma Marina só é capaz de tudo isso. Era era o que faltava na eleição.
Foto: apugomes/Flickr

sábado, 8 de agosto de 2009

Sustentável 2009: a sustentabilidade no século XXI


Sociedade discute cultura sustentável e valor da educação [1]

Inovar, educar e agir na busca de soluções para superar os problemas sociais e ambientais, tendo a sustentabilidade como pilar central e norteador. Essa foi a proposta do 3º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável, o Sustentável 2009, que aconteceu entre os dias 4 e 6 de agosto, na capital paulista.

O palco dos debates e oficinas foi o Teatro TUCA da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Durante os três dias do evento, representantes do poder público e do setor privado, líderes de ONG’S, profissionais da mídia e estudantes se reuniram para discutir novos caminhos que estimulem as empresas a redesenhar as fronteiras de seus negócios com base nas ideias e práticas do desenvolvimento sustentável.

Também estiveram em pauta a valorização da educação no processo de criação e a perenidade de uma cultura sustentável entre pessoas e organizações.

Evento teve cobertura colaborativa do Sustenta 100 [2]
O Sustenta 100 foi um desafio de mobilização em rede. Agentes que atuam na Rede Teia MG – Projeto do Governo do Estado de Minas Gerais – tiveram a missão de mobilizar 100 universitários paulistanos para uma cobertura especial de um dos principais eventos de sustentabilidade do Brasil. Na maioria dos casos eles nunca se viram, nem se conheciam, mas trabalharam juntos espalhando o olhar sobre sustentabilidade pela web participativa: blogs, Twitter, vídeos, fotos. Uma mobilização, um game colaborativo, um mosaico de opiniões e leituras.

Alguns assuntos abordados:

Inovação e novos modelos de negócio
Educação para sustentabilidade
Colapso ou oportunidade de mudança?

Para saber mais

Blog oficial da Sustentável 2009
Blog "Somos Sustentáveis?"
Cobertura coletiva do evento (Sustenta 100)
Perfis no Twitter que cobriram o evento

*Adaptado dos sites oficiais [1, 2]


Foto: Sustentável 2009/Flickr

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Lixo eletrônico: um desafio de todos


A questão do lixo é uma das mais preocupantes quando se fala em meio ambiente. O ritmo de consumo continua alto e, na mesma medida, a produção de resíduos. Em uma sociedade tão conectada e entusiasta de novas tecnologias, o lixo eletrônico chama a atenção: é altamente poluente, por ser composto de materiais tóxicos, e pode crescer ainda mais, visto que a vida útil dos equipamentos eletro-eletrônicos estão diminuindo:

De acordo com [o deputado estadual de São Paulo, Paulo Alexandre] Barbosa [PSDB], dados apontam que foram comercializados no Brasil cerca de 12 milhões de computadores somente em 2008, contra os 10 milhões no ano anterior. Ainda em 2007, os brasileiros compraram 1.912 milhão de laptops, o que representou um salto de 183% sobre as vendas de 2006. “Calcula-se que o mercado brasileiro possua 140 milhões de aparelhos celulares em operação. Isso sem contar a venda de televisores, que bate recordes sucessivos todos os anos. O problema é que o tempo atual de obsolescência desses equipamentos é de dois a quatro anos”, pondera. [1]

As políticas públicas sobre o assunto ainda não são totalmente eficientes e estão em fase de discussão e amadurecimento. Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto de lei que previa o recolhimento e reciclagem do lixo eletrônico. No entanto, o texto original foi modificado, o que levou à criação do "Manifesto Lixo Eletrônico":

Tramita em Brasilia, na Câmara dos Deputados, o projeto de lei (PL 203/91) que irá definir a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Sem qualquer consulta ou justificativa plausível, um "grupo de trabalho" alterou a redação do artigo 33, que regulamenta a logística reversa e a reciclagem, e retirou a menção aos produtos eletro-eletrônicos. Com essa alteração, o projeto de lei que deveria criar a Política Nacional de Resíduos Sólidos passa a ignorar a existência do lixo eletônico, problema crescente e de alto custo sócio-ambiental.

Por esta razão o Coletivo Lixo Eletrônico toma a iniciativa de pressionar os deputados e senadores para a re-inclusão dos produtos eletro-eletrônicos no PL 203/91 através da criação e divulgação do "Manifesto Lixo Eletrônico: pela inclusão dos produtos eletro-eletrônicos na Política Nacional de Resíduos Sólidos". [2]

Para saber mais:
[1] O que fazer com milhões de toneladas de lixo tecnológico? - texto de Gabriela Bittencourt no site Nós da Comunicação
[2] Manifesto Lixo Eletrônico - Petição online

Na foto: carregadores de celular, capturados pelo fotógrafo americano Chris Jordan.