sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

COP17: leia o relato de quem está lá

 
Texto enviado pela equipe do IAM (Instituto Ambiente em Movimento), direto da África do Sul:
A Equipe de Educadores do Instituto Ambiente em Movimento está no momento acompanhando o evento COP 17, que está ocorrendo em Durban, África do Sul. Por aqui, o tema-chave da conferência é "Mudanças Climáticas", enfim, a antiga briga das emissões dos países desenvolvidos que afetam o clima global, prejudicando principalmente os países em desenvolvimento. As delegações de cada país sao bem capazes em defender seus interesses e cobrar resultados, mas existe um grande impasse entre elas. O Canadá está saindo do Protocolo de Kyoto; o Japão não quer entrar na Segunda Fase de Comprometimento, e quer ficar apenas com Kyoto; os EUA nem vieram pra pegar uma prainha aqui em Durban, e os brasileiros sempre em cima do muro sem exercer uma liderança de bloco. Vemos que as negociações vao se estendendo de uma COP para a outra, enfim, muitas opiniões diferentes, mas o que não temos ouvido neste evento é a palavra "educação", que acreditamos como instituição ser a solução para a problemática.

Jay M. N. van Amstel
Instituto Ambiente em Movimento

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Feira com escolas públicas marca encerramento do Jogo Limpo 2011

(clique na figura acima para ampliar)

A OPA – Organização para a Proteção Ambiental realiza no dia 26 de novembro, sábado, a Feira de Exposições do Projeto Jogo Limpo – Edição 2011, iniciativa de Educação Socioambiental com foco em escolas públicas. O evento, gratuito e aberto para adultos e crianças, acontece no Centro de Convivência do Campus Santa Mônica da UFU – Universidade Federal de Uberlândia. Com o tema “Compartilhando experiências”, a feira comemora a finalização das ações desenvolvidas durante o ano.

A programação começa às 10h, com a palestra sobre Educação Socioambiental ministrada pelo professor João Carlos de Oliveira, coordenador do curso técnico “Controle Ambiental” da Escola Técnica de Saúde da UFU e coordenador do Programa de Formação Continuada com Docentes da Educação Básica, da mesma universidade.

Logo depois, o público assiste à apresentação cultural do Cantadores do Vento, grupo artístico que atua desde 2002 nas áreas de música e meio ambiente. Ao longo de toda a manhã, as instituições de ensino parceiras mostram as Boas Práticas Socioambientais realizadas com seus alunos, apresentando criações artístico-literárias e teatrais.

A feira também encerra os módulos de formação continuada do Jogo Limpo. Nestes encontros, realizados presencialmente e à distância, as professoras, diretoras e funcionárias das escolas selecionadas envolvem-se com atividades e conteúdos que abrangem ecologia, cultura, arte e comunicação.

Evento: Feira de Exposições do Projeto Jogo Limpo – Edição 2011
Local: Centro de Convivência – Campus Santa Mônica – UFU (Uberlândia, MG)
Data e hora: 26 de novembro, sábado – 10h
Entrada gratuita
Haverá emissão de certificados

domingo, 22 de maio de 2011

Uma brincadeira grandiosa

O Instituto Ambiente em Movimento (IAM), de Curitiba (PR), realiza ações de Arte-Educação Socioambiental para crianças, transitando nas áreas de audiovisual, teatro, desenvolvimento de jogos e permacultura. O grupo já realizou atividades em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília.

Uma dos conceitos com que o Instituto trabalha é o do "discurso positivista", que, ao contrário do "salvacionista" e do "fatalista", estimula entre os jovens a sensibilização ecológica e a ação.

No vídeo abaixo, os integrantes apresentam um resumo dos seus projetos. Nós, da OPA e do Projeto Jogo Limpo, fazemos uma pontinha no vídeo! :) O IAM esteve em Uberlândia, no ano passado, para participar de eventos que organizamos.

Parabéns ao Instituto e, em especial, aos amigos Lucas Oliveira e Jay Marinus!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Diário de bordo #2: Educomunicação

Prédio da Escola de Comunicação e Artes (ECA), na USP, em São Paulo (SP).

Nas últimas décadas, a educação e a comunicação precisaram se reinventar. A primeira percebeu que não deve apenas repassar conhecimentos, mas sim ajudar o aluno a construí-los, levando em conta também o que ele aprende com a mídia. A segunda passou a atender mais os anseios das comunidades e deixou de encarar o espectador/leitor como um sujeito passivo. Assim, ambas têm se aproximado, criando um novo campo do saber: a educomunicação.

O Jogo Limpo também se envolve nessa área ao distribuir livros-gibis e DVDs às escolas participantes; ao estimular as crianças a produzirem suas próprias criações artísticas e literárias; ao utilizar os variados meios, como a TV e a internet, no processo educativo; entre outras atividades. São ações que já realizávamos antes de ouvir falar nessa palavra, mas, quando conhecemos o conceito, foi possível aprimorarmos nosso trabalho.

A primeira vez que entrei em contato com a educomunicação foi no curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Ali fui apresentado aos artigos do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Foi quando fiquei sabendo do excelente trabalho que desenvolvem na disseminação e amadurecimento da prática.

Professora Carmen apresentando a sala do NCE.

Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o núcleo na última sexta-feira, 13 de maio. Conversei com os professores pesquisadores Richard Romancini (do projeto Mídias na Educação), Carmen Gattás (que pesquisa educomunicação e meio ambiente para seu doutorado) e Ismar Soares (coordenador do NCE e verdadeira sumidade no assunto). A professora Maria Izabel Leão, também do núcleo, mediou meu contato e me ajudou a agendar a visita. Encontrei ainda o doutorando Leonardo Custódio, da University of Tampere (Finlândia).

Além da excelente recepção e da riquíssima troca de experiências, ainda recebi o convite para um bate-papo, no mesmo dia, com os alunos da Licenciatura em Educomunicação (o mais novo curso de graduação da USP) sobre o Blog do Jogo Limpo. Um momento inesquecível para este mineiro, que não vê a hora de voltar para São Paulo...

Professores e alunos da graduação em Educomunicação.

Agradeço a todos, de coração, por este encontro. Muito sucesso para vocês! E para quem quiser saber mais sobre o tema, recomendo uma visita ao site do Departamento de Comunicações e Artes.

(Em breve, o vídeo do bate-papo.)

Leia também: Diário de bordo #1

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Novo Código Florestal: a novela continua

 Infográfico explica principais pontos da proposta do novo Código Florestal. Clique para ampliar. (Créditos: Editoria de Arte/Folhapress)

Organizações ambientais propõem alterações na proposta

Da Agência Brasil via Estadão.com.br:
Trinta organizações ambientais e de trabalhadores do campo entregaram hoje (7) ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), uma lista de propostas de alterações ao projeto do Código Florestal, em análise na Casa. Entre as propostas estão a que pede tratamento diferenciado para a agricultura familiar e o fim da anistia para desmatamentos ilegais feitos em áreas de preservação permanente (APPs) até 2008.

Outra proposta criticada pelo grupo – e que consta no projeto do Código Florestal – é a que reduz os atuais índices de Reserva Legal e de Preservação Permanente. “A proposta transforma o Código Florestal em código agrícola. Não mantém o objetivo de proteção de florestas”, disse a representante do Instituto Socioambiental, Adriana Ramos.

Ministros não entram em acordo sobre o texto

Da Folha.com [1]:
A principal divergência entre os ministros acontece em torno da anistia que será concedida para os pequenos agricultores que desmataram suas terras, de acordo com texto de [Aldo] Rebelo [(PC do B/SP), deputado relator da proposta], e que agrada os ruralistas. Há insatisfação do Ministério do Meio Ambiente ainda com a redução das APPs (áreas de preservação permanentes) nas margens de rio de um mínimo de 15 metros (o que já é uma redução de 50% em relação à lei atual) para 7,5 metros. Rebelo promete apresentar modificações em seu texto até o final desta semana.

Da Folha.com [2]:
A divergência no governo acontece principalmente entre os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O primeiro apoia o texto de Rebelo e quer votá-lo imediatamente. Já Izabella tenta mudar o relatório.

Cientistas se opõem ao novo Código

Da Folha.com:
Cientistas da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e da ABC (Academia Brasileira de Ciências) são contra o novo texto. Segundo eles, a lei atual dá menos proteção a áreas de preservação permanente, como matas em margens de rio.

Tanto essas áreas quanto as reservas legais precisariam ser mantidas e recompostas para o bem da própria atividade agrícola, dizem, porque culturas como o café, soja e maracujá, por exemplo, dependem de 40% a 100% dos polinizadores que se abrigam nesses locais.

O grupo afirma que o Brasil tem terras de sobra para a expansão da agropecuária, bastando para isso mudar a política agrícola, e que também é possível recuperar as áreas desmatadas de forma irregular.

Leia + no Blog do Jogo Limpo: Novo Código Florestal: ambiente em perigo?

segunda-feira, 28 de março de 2011

Greencast #2 - Hora do Planeta em Uberlândia

O videocast do Blog do Jogo Limpo está de volta e com novo nome!

Neste Greencast, você confere como foi a edição uberlandense do evento que deixou cidades do mundo inteiro no escuro por uma hora!

sábado, 26 de março de 2011

Hora do Planeta hoje em Uberlândia

Clique na imagem para ampliar.

domingo, 20 de março de 2011

Obama defende parceria entre Brasil e EUA por energia limpa



Juntos também podemos trabalhar pela segurança da energia e proteger nosso lindo planeta. Sendo dois países comprometidos com economias mais verdes, sabemos que a solução definitiva ao desafio da energia virá da criação de fontes de energias limpas e renováveis. Por isso a metade dos carros daqui podem circular com biocombustível e a maior parte de sua eletricidade vem de hidroelétricas. E por isso também demos início a uma nova indústria limpa de energia nos EUA. Por isso os EUA e o Brasil estão criando novas parcerias na área de energia, para compartilhar tecnologias, criar novos empregos e deixar para nosso filhos um mundo mais limpo e mais seguro do que encontramos.

Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, em discurso no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro (RJ)

Depois de um presidente como George W. Bush, é um alívio ouvir estas palavras.

Fonte: G1. Foto: Reuters.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Desastre no Japão também é problema ambiental

Atingida por tsunami, cidade portuária de Minamisanriku, no nordeste do Japão, ficou submersa em algumas áreas. (Foto: AP/Kyodo News)

Com informações do G1 [1, 2, 3, 4, 5, 6], da Reuters [1, 2], Agência O Globo e EFE via Yahoo! Notícias, da BBC e do Greenpeace

O terremoto e o tsunami que ocorreram no Japão, na última sexta (11), deixaram um saldo de milhares de mortos, feridos e desaparecidos. Infelizmente, os números continuam a ser contabilizados (e a aumentar) no momento em que este post é escrito. O tremor, que chegou a magnitude de 9 graus, foi o 4º pior da história mundial e o pior já registrado no Japão. O primeiro-ministro Naoto Kan afirmou que os acontecimentos são um desastre natural "sem precedentes".

Infelizmente, o sofrimento – já bem grande com as perdas causadas pela tragédia – está se tornando ainda maior devido a um desafio que a população e as autoridades japonesas têm de enfrentar – um desafio ambiental. Afinal, se as ondas e o tremor não estão diretamente ligados com a ação do homem (há controvérsias), não se pode dizer o mesmo do vazamento de material radioativo das usinas nucleares.

No dia do terremoto, reatores da usina Fukushima Daiichi foram desligados pelo sistema de segurança. Para não permanecerem aquecidos, precisariam de um sistema de resfriamento, que não foi ligado por falta de energia. Depois de vários dias de tentativas de resfriá-los, houve explosões nos reatores. A situação é especialmente delicada nas terras nipônicas pelo fato de que 30% da eletricidade do país é gerada por usinas nucleares. O acidente já está no grau 6 da INES (Escala Internacional de Eventos Nucleares) – o acidente de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, ficou no grau 7, o maior possível.

Destruição provocada pela explosão nos edifícios dos reatores. (Foto: Tokyo Electric Power Co/Reuters)

O Greenpeace explica que o combustível das usinas, após ser utilizado, vira lixo radioativo, em um processo no qual “há a possibilidade de ocorrer um acidente, contaminando água, solo, ar, além de pessoas e animais, e ainda não foi encontrado um destino seguro e permanente para esse lixo”. E completa: “A exposição ao material radioativo pode gerar nos seres humanos o desenvolvimento de câncer, má formação fetal, aborto, falência do sistema nervoso central, síndrome gastrointestinal, entre outras doenças”.

O primeiro-ministro pediu a retirada de todos que moram num raio de 20 km em torno da usina – cerca de 200 mil pessoas, que receberão milhares de tabletes de iodo para se prevenir contra os efeitos da radiação – e advertiu as pessoas num raio de 30 km para que não saiam de casa. Poucas horas após as explosões, o material radioativo já estava sendo dispersado e o índice de radiação no local caiu drasticamente, mas a situação ainda preocupa. Pelo menos 190 pessoas foram contaminadas e 22 estão hospitalizadas, em tratamento. Os níveis de radiação aumentaram na terça-feira (15) em várias cidades japonesas, inclusive Tóquio.

Em entrevista ao Jornal Hoje, o professor e físico nuclear José Goldemberg declarou: "Depois de Chernobyl, não houve nenhum acidente importante. Isso deu aos engenheiros nucleares a certeza de que a tecnologia estava dominada. O acidente japonês vai destruir as esperanças de que a energia nuclear é uma energia limpa". Richard Black, especialista de meio ambiente da BBC, levanta dúvidas:
Se levarmos em conta que outras usinas nucleares japonesas já foram atingidas por terremotos, é questionável se elas devem ser construídas na costa leste, logo ao lado de uma zona sísmica ativa.

E se lembrarmos que o acidente nuclear nos EUA [tragédia de Three Mile Island, ocorrida em 1979] pôs fim à construção de reatores no país, qual o impacto de Fukushima em uma era em que muitos países – como a Grã-Bretanha, estão considerando investir novamente na indústria nuclear?

Moradores de Tóquio acompanham primeiro pronunciamento do imperador Akihito após tragédia. (Foto: Reuters)

O episódio colocou governos em alerta: Alemanha, Suíça e outros países da União Europeia estão repensando seus projetos de usinas. Mas, no Brasil, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, disse na segunda-feira que o país não revisaria seus planos para o setor. “Ainda estamos observando. Não se sabe a extensão da questão japonesa”, afirmou. Mas o ministro da Secretaria-Geral de Presidência, Gilberto Carvalho, revelou que a presidenta Dilma Rousseff estava preocupada com a crise nuclear.

O presidente da Eletrobras Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, já foi chamado pelo Senado para esclarecer as condições de funcionamento das usinas nucleares brasileiras. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que “o desastre é de larga escala, é monumental. Todo o planeta vai aprender com esse fato triste e lamentável que aconteceu no Japão”. O Brasil criou um grupo interministerial para acompanhar a crise.

Uma ativista da ECOLO Japan (grupo que busca criar um Partido Verde no Japão) relatou por e-mail a angústia dos japoneses, esperando melhoras na situação das usinas. Ela convoca o movimento ambiental global para agir pelo fim da energia nuclear. “Nós não podemos prever terremotos e o tsunami, mas podemos evitar futuros danos ao recusar usinas nucleares no Japão e em todo o mundo”, afirma.

Diante das circunstâncias e dos perigos, muitos ambientalistas certamente atenderão ao pedido da ativista.

Saiba como ajudar as vítimas

sábado, 12 de março de 2011

Pense nisso #73




Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo; de fato, sempre foi somente assim que o mundo mudou.
Fritjof Capra, físico teórico, escritor e educador ambiental


Leia mais: Pense nisso! Citações sobre meio ambiente e atitude


Foto: Anaïs Gurb/Flickr.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Jogo Limpo seleciona seis escolas para participar da Edição 2011


Do site da OPA:
O Projeto Jogo Limpo, realizado pela OPA, selecionou as instituições de ensino participantes da Edição 2011. Foram classificadas as escolas municipais Iracy Andrade Junqueira, Mário Alves Araújo Silva, Odilon Custódio Pereira e Professor Otávio Batista Coelho Filho, da zona urbana, e Professora Maria Regina Arantes Lemes e de Sobradinho, da zona rural.

O processo de seleção foi realizado em parceria com o GAIA – Grupo Autônomo de Interações Ambientais, responsável pela assessoria pedagógica do Projeto. Os educadores e diretoras das escolas participarão de módulos de formação continuada reunindo conteúdos que envolvem ecologia, cultura, arte e comunicação. As instituições receberão acompanhamento pedagógico para o desenvolvimento de boas práticas socioambientais.

Leia mais aqui.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mudanças na lei: para melhor?

Rio Xingu, onde poderá ser construída a usina de Belo Monte. (Foto: J.Gil/Flickr)

Do Estadão:
Um pacote de decretos promoverá o que vem sendo entendido no governo como "choque de gestão" na área de licenciamento ambiental, com regras mais simples e redução de prazos e custos. Os decretos vão fixar novas normas por setores, e os primeiros a passarem por reforma serão petróleo, rodovias, portos e linhas de transmissão de energia.

[...] A área ambiental é alvo de críticas no governo por supostamente impor atrasos nos cronogramas de empreendimentos. Mudanças nas regras vêm sendo negociadas desde o fim do governo Luiz Inácio Lula da Silva, mas a edição dos decretos pela presidente Dilma Rousseff é prevista apenas para depois do carnaval.

Da EXAME.com:
As dificuldades para conciliar desenvolvimento econômico e proteção ambiental travam as grandes obras de infraestrutura. Casos emblemáticos são a usina hidrelétrica de Belo Monte, o projeto de exploração do pré-sal e portos em São Paulo, Rio e Bahia, além do Rodoanel.

Muitos dos projetos sofreram modificações por causa da pressão para atender às exigências ambientais. Ainda assim, ONGs e o Ministério Público questionam as obras por causa de seus grandes impactos.

[...] Na avaliação do economista Sérgio Besserman Vianna, ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a visão que opõe desenvolvimento e questões ambientais é atrasada. “Esse anacronismo não corresponde mais à realidade. Quem continuar apostando nisso vai errar, pois a economia global está iniciando a maior transição tecnológica desde a Revolução Industrial”, diz.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Jogo Limpo: primeira ação em 2011


Do site do Jogo Limpo:

A OPA – Organização para a Proteção Ambiental realizou o evento de apresentação do Projeto Jogo Limpo – Edição 2011 para escolas públicas da rede municipal e estadual de Uberlândia. O encontro, realizado no dia 15 de fevereiro, no Center Convention, deu início ao processo de seleção das escolas participantes. Cerca de 50 pessoas estiveram presentes, em especial profissionais da direção e educadores das instituições de ensino.

O evento foi realizado em parceria com o GAIA – Grupo Autônomo de Interações Ambientais, responsável pela assessoria pedagógica do projeto. Os representantes das escolas foram convidados a refletir sobre a concepção atual de desenvolvimento e conheceram o histórico da OPA e do Jogo Limpo, os objetivos da iniciativa e as principais atividades previstas.

Os presentes souberam também dos detalhes do curso de formação continuada de professores promovido pelo Jogo Limpo. Ao fim do encontro, o grupo Cantadores do Vento fez uma apresentação musical. Cada escola recebeu questionários para registrar as expectativas e o interesse em participar do projeto.

Quer conhecer as novidades do Projeto Jogo Limpo em 2011? Leia a matéria completa.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Vídeo: Nós estamos todos conectados

O novo comercial da WWF, criado pela Ogilvy & Mather, do México, consegue passar a mensagem em apenas 60 segundos, sem apelar para cenas chocantes de destruição da natureza. Curto, bonito e criativo. Assista abaixo.

Via Comunicadores.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pense nisso #72




Queremos combater a teoria ideológica, o fundamentalismo ambiental. Estamos abertos a flexibilizar todos os pontos, mas de ideologismo xiita estamos fartos. Se os argumentos técnicos mostrarem que estamos fazendo mal ao meio ambiente, vamos recuar.
Kátia Abreu, senadora (DEM/TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Prêmio Motosserra de Ouro pelo Greenpeace (na foto)


Leia mais: Pense nisso! Citações sobre meio ambiente e atitude


Foto: Greenpeace (via O Eco).

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Vídeo: Petróleo reciclado


A busca por combustíveis alternativos para os automóveis, com o intuito de reduzir a dependência do petróleo e, consequentemente, a poluição do ar e outros impactos ambientais (basta lembrar o desastre na costa dos EUA), levou ao desenvolvimento de várias soluções, cada uma com suas qualidades e problemas: biodiesel, etanol, carro híbrido e várias outras. Eis que surge no Japão mais uma opção que pode ajudar a reduzir a emissão de CO2 e, de quebra, combater o problema do lixo: o “petróleo reciclado”.

A máquina (na foto) criada por Akinori Ito é produzida em vários tamanhos, para uso industrial e doméstico, e pode transformar um quilograma de lixo plástico em um litro de óleo, utilizando cerca de 1 kWh de energia elétrica. O aparelho pode ainda processar o líquido para ser utilizado no lugar da gasolina, do querosene ou do diesel.

O empresário faz várias demonstrações do seu invento em escolas e acredita no potencial do produto para utilização em países em desenvolvimento. Segundo Ito, o uso do equipamento reduz as emissões de CO2 em cerca de 80%. “As pessoas não sabem que o lixo [plástico] é petróleo, é por isso que estão jogando-o fora”, afirma.

Assista a um vídeo sobre a máquina (em inglês):

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Siga @opaong e concorra a uma ecobag exclusiva


A OPA - Organização para a Proteção Ambiental, realizadora do Projeto Jogo Limpo, agora está no Twitter. O @opaong divulga diariamente notícias sobre o meio ambiente no Brasil e no mundo, curiosidades sobre a natureza, dicas para adotar hábitos sustentáveis e as novidades, ações e projetos da Organização.

Para promover esta novidade, a OPA está sorteando duas ecobags exclusivas de sua Ecolojinha entre os seguidores. Para concorrer, basta seguir @opaong e retuitar a seguinte mensagem:

RT @opaong: Eu quero uma ecobag exclusiva da OPA! Siga @opaong e dê RT para concorrer! http://kingo.to/s1w

Se você é de Uberlândia, conheça também os outros produtos da Ecolojinha da OPA no Center Shopping: piso 2, loja 301, em frente à C&A. Aberta de segunda a sexta, das 10h às 18h, e aos sábados, das 10h às 14h.

Leia o regulamento da promoção no site da OPA.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pense nisso #71




Costumamos falar hoje em dia mudanças climáticas, e não apenas aquecimento global. Isso porque os estudos mostram que nem todas as áreas do Planeta estão ficando mais quentes. Algumas estão mais frias - neste ano, por exemplo, parte dos EUA tiveram temperaturas mais geladas do que a média.
Afra Balazina, jornalista da área ambiental e repórter d'O Estado de S. Paulo


Leia mais: Pense nisso! Citações sobre meio ambiente e atitude


Foto: exposição em prol da ação contra o aquecimento global (ops, mudanças climáticas), com 120 globos de um metro e meio de altura, em Chicago, EUA (dezembro de 2007). Créditos: John LeGear/Flickr.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Vídeo: Lixo Extraordinário



O filme "Lixo Extraordinário" foi anunciado nesta terça-feira (26) pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas como um dos indicados à 83ª edição do Oscar, na categoria de melhor documentário. Veja a sinopse oficial:

Filmado ao longo de quase dois anos, Lixo Extraordinário acompanha a visita do artista plástico Vik Muniz a um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis. O objetivo inicial de Muniz era "pintar" esses catadores com o lixo. No entanto, o trabalho com estes personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugestionados a imaginar suas vidas fora daquele ambiente.


ATUALIZANDO (27 de janeiro) - Leia também a reportagem d'O Estado de S. Paulo: Do lixão para a noite de gala de Hollywood.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um passarinho me contou... #4


Confira os principais links que passaram pelo @JogoLimpo nas últimas semanas. *


...que 2010 foi o ano mais quente já registrado.

O anúncio foi feito pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, confirmando “uma tendência significativa de aquecimento da Terra a longo prazo”, segundo a entidade. Ainda de acordo com a OMM, o ano foi marcado pelo “prosseguimento do degelo da calota polar ártica” e por fenômenos climáticos extremos, que tendem a aumentar. Da AFP via EXAME.com.


...que até 2014 a coleta seletiva estará implantada em todo o Brasil.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada em dezembro, proíbe lixões em céu aberto e, a partir de 2014, o depósito em aterros sanitários de materiais que possam ser reciclados ou reaproveitados. Para se adequar à nova legislação, os municípios terão que criar leis para a implantação da coleta seletiva. A PNRS regula ainda a logística reversa (ações que viabilizam a coleta dos resíduos pelo setor empresarial para reaproveitamento ou outra destinação ambientalmente correta) e a participação dos catadores no processo. Do Ministério do Meio Ambiente.


...que as peles estão voltando às passarelas – e causando polêmica.

Na Fashion Business, evento que integra a temporada de moda do Rio do Janeiro, três estilistas utilizaram peles verdadeiras em suas criações. Ambientalistas e consultores alegam que não há justificativa para o uso, uma vez que os animais são submetidos a maus tratos e o clima no Brasil é ameno, dispensando o uso de roupas tão quentes. Para a Peta, ONG internacional de proteção aos animais, peles sintéticas são mais leves, duráveis e práticas para cuidar. D’O Estado de S. Paulo.


...que as lâmpadas incandescentes devem sair do mercado até 2016.

Uma portaria interministerial publicada no Diário Oficial da União prevê que lâmpadas incandescentes de uso geral sejam progressivamente banidas do mercado. Estima-se que elas sejam responsáveis, hoje, por cerca de 80% da iluminação residencial no Brasil. Segundo técnicos do governo, tecnologias como as lâmpadas fluorescentes podem fornecer quantidade maior de luz gastando muito menos energia que as incandescentes. Do Inovação Tecnológica.


...que 30% das fontes de água no país têm qualidade ruim ou péssima.

Em 2010, a SOS Mata Atlântica analisou amostras de água de 12 estados e no Distrito Federal e constatou que nenhuma foi considerada boa ou ótima. O estudo usou parâmetros do Ministério do Meio Ambiente e revelou que 70% das coletas apontaram a qualidade da água como regular, 25% como ruim e 5% como péssima. “A poluição está muito mais vinculada à emissão de efluentes domésticos que industriais, ultimamente”, diz o geógrafo do projeto, Vinicius Madazio. Do G1.


Foto: a coruja-buraqueira* (Athene cunicularia), da ordem dos Strigiformes, ocorre em quase todo o Brasil, exceto na Amazônia. Recebe esse nome por viver em buracos cavados no solo. Vive no mínimo nove anos em habitat selvagem. Alimenta-se principalmente de insetos, mas pode caçar pequenos roedores, répteis, anfíbios e até pássaros pequenos. Costuma viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies, praias e aeroportos. (Créditos: Michelângelo Stamato. Fonte: WikiAves.)


* A seção “Um passarinho me contou...” reúne as notícias mais recentes sobre meio ambiente publicadas no @JogoLimpo e mostra informações sobre uma ave que vive no Cerrado – nem sempre um “passarinho” (ave pertencente à ordem dos Passeiriformes), para não haver muita limitação.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O maior desastre ambiental do Brasil

 Desabrigados se alojam em ginásio de Teresópolis (RJ), em 13 de janeiro. 
(Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo)

A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro teve um saldo de 820 mortos até as 21h de segunda, 24 de janeiro, de acordo o G1. É considerado o maior desastre ambiental e climático da história do Brasil, segundo a revista Veja (apesar das controvérsias). Culpa do aquecimento global? Não é bem assim, segundo especialistas.

“É bom sempre frisar que a responsabilidade [pela catástrofe] não deve ser creditada a fenômenos como o aquecimento global ou a imprevistos geológicos e pluviométricos.”, afirmou o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, ex-diretor de Planejamento e Gestão do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ao jornal O Estado de S. Paulo. “Dizer que o problema [das enchentes] é consequência das mudanças climáticas é fugir da responsabilidade, é desculpa dos governos para não fazer nada para resolver o problema”, declarou Debarati Guha-Sapir, diretora do Centro de Pesquisas sobre a Epidemiologia de Desastres, na Bélgica, à BBC Brasil.

Isso não quer dizer que o homem não seja culpado pelo que aconteceu. Os deslizamentos de terra atingem a região por causa do relevo. Reportagem do G1 mostra que a serra funciona como uma barreira, impedindo a passagem das nuvens, que se concentram e provocam muita chuva em uma única área. A água penetra em uma fina camada de terra, que fica encharcada, se desloca da pedra e forma um volume que desce com velocidade.

O fenômeno foi intensificado pelo desmatamento da Mata Atlântica, feito há décadas na região, que enfraqueceu o solo. Sem a vegetação para ajudar a freá-la, a água arrastou com força terra, detritos e tudo em seu caminho. O declive acentuado e a grande quantidade de chuva contribuíram para o resultado devastador, mas estudiosos garantem que não haveria tantos prejuízos se não fosse pela ocupação desordenada das encostas, com árvores dando lugar a residências.

Todos eles concordam que a tragédia poderia ter sido evitada e o governo deveria ter agido antes, com medidas de prevenção. Guha-Sapir afirmou que as consequências das inundações são agravadas pelas altas concentrações demográficas e pela falta de atuação do poder público. Estratégias simples e de baixo custo, como a instalação de um sistema de drenagem, teriam minimizado os impactos, apontou Maurício Ehrlich, professor de geotecnia da Coppe-UFRJ, à Exame. O geólogo também afirmou que a ocupação deveria seguir um programa de engenharia, com as autoridades fiscalizando e retirando as famílias de regiões de alto risco.

Outro problema ambiental que surge logo depois é relacionado à saúde, como mostra a reportagem da Veja:
O risco de novos temporais ainda não passou, e já surge um grave risco que amplifica a tragédia das chuvas. Nas áreas alagadas, a água contaminada por lixo, insetos e ratos expõe a população a doenças como leptospirose, hepatite A e diarréia. O risco de doenças aumenta porque em muitas áreas o fornecimento de água está cortado, e muita gente acaba consumindo água contaminada.

Diante dos acontecimentos, resta, a longo prazo, cobrar das autoridades ações mais eficientes contra desastres e, a curto prazo, ajudar. Veja números de contas e locais para fazer doações no estado do Rio. Em Uberlândia foi lançada uma campanha para recolher roupas, alimentos não perecíveis e brinquedos. Saiba como ajudar aqui.

ATUALIZANDO (26 de janeiro):

1) A leitora Nathália nos avisou que, diferentemente do que foi mencionado antes, o ginásio da foto fica em Teresópolis e é conhecido como "Pedrão". Obrigado, Nathália!

2) Leia também o artigo de Herton Escobar: O clima também mata.

3) O deslizamento na região serrana já é o oitavo pior do mundo. Leia mais na notícia da EXAME.com.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Lixo zero: você conseguiria?



Quantos resíduos cada pessoa não produz ao longo de um dia? A embalagem do salgado, o copinho de café, o papel rabiscado, a latinha de refrigerante... Imagine se, por um único dia, você não produzisse lixo algum. Desafio difícil? Na Grã-Bretanha, uma família conseguiu atingir este objetivo, mas foi por um ano inteiro.

Ou quase: os Strauss produziram uma única sacola de lixo durante o ano de 2010. A experiência está relatada em um site, o My Zero Waste, que disponibiliza também várias dicas para as famílias que querem seguir o exemplo. Não é a primeira vez que eles cumprem um desafio desse tipo: em 2009, produziram apenas uma lata de lixo durante todo o ano (vídeo acima).

A história foi contada na reportagem da BBC Brasil:

O casal Richard e Rachelle Strauss e a filha Verona, de 9 anos, reciclam praticamente tudo, plantam grande parte da própria comida e transformam restos de alimento em adubo.

Além disso, eles compram produtos diretamente de produtores locais para evitar embalagens em excesso e quando vão ao açougue, por exemplo, eles levam os próprios recipientes.

Em 2009, eles conseguiram reduzir sua produção de lixo para apenas uma lata. Em 2010, os Strauss, que vivem em Longhope, no condado de Gloucestershire, decidiram aumentar o desafio e não produzir lixo nenhum.

"Estamos muito felizes com o resultado. Nós sabíamos que produção 'zero' de lixo seria impossível, mas se você não colocar as metas lá no alto, nunca vai saber o que pode alcançar", disse Rachelle Strauss.

A pequena sacola de lixo continha alguns brinquedos quebrados, lâminas de barbear, canetas e negativos fotográficos.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Pense nisso #70



Considero uma missão sagrada do Brasil mostrar ao mundo que é possível crescer aceleradamente sem destruir o meio ambiente. Seremos os campeões mundiais de energia limpa, o etanol e as energias alternativas terão grande estímulo.
Dilma Rousseff, presidente do Brasil e primeira mulher eleita para o cargo, em discurso de posse no Congresso Nacional


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Foto: Rodrigues Pozzebom/ABr